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Cotidiano | 01/12/2011 | 08:02

Carta alerta sobre telefonia celular

Lucas Lemos - lucas.lemos@canalicara.com

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Uma carta à população de Içara e Criciúma foi preparada em alerta aos perigos potenciais da telefonia celular na saúde humana. O conteúdo foi selecionado entre reportagens e textos por Marileia Giassi Zanette. Mestrada em Ciências Ambientais com foco no impacto desta tecnologia, o documento preparado por ela serve para ampliar o debate que acontecerá na Câmara Municipal após o pedido de operadoras para a redução do afastamento das antenas.

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“A expansão da rede de telefonia móvel e a praticidade desse meio de comunicação fizeram do Brasil o quinto maior mercado consumidor de celulares no mundo. O consumo de celulares levou à disseminação de antenas de telefonia celular por todo o país. Essas antenas são instaladas próximas a residências, hospitais, escolas e outros locais onde há concentração de grande público. O problema é que estudos científicos comprovam que a radiação emitida pelas antenas e pelos aparelhos de celular causam danos à saúde e ao meio ambiente”, afirma Léia.

O texto é fomentado por estudos de Aracy Pereira S. Balbani (doutora em Medicina pela Universidade de São Paulo e Médica Otorrinolaringologista em Tatuí, SP) e Alberto Luís Krawczyk (mestre em Engenharia Elétrica pela Universidade Federal do Paraná em Curitiba, PR). Eles apontam a recomendação de autoridades de saúde pela contraindicação do uso de celular principalmente na infância. Afinal, é quando o corpo ainda está em formação e tende a ser mais frágil.

“Diante dos malefícios originados de aparelhos de celular e de suas antenas, alertamos toda a população sobre o risco da instalação das antenas de telefonia celular em distância inferior a 300 metros de residências, hospitais, escolas e demais locais com concentração de público”, completa. Ela ainda aponta que a convivência próxima às antenas é motivo de pesquisa quanto o surgimento de cataratas, glaucomas, doenças cardiovasculares, distúrbios do sono, atividades epilépticas em crianças, entre outros efeitos em pessoas que residem ou ficam próximas das bases por muito tempo.


Retalhos de fatos publicados na mídia e sites especializados
- A Organização Mundial da Saúde (OMS) e a Agência Internacional para Pesquisa em Câncer (IARC) vincularam o uso de celulares com um possível risco de câncer cerebral em seres humanos. O grupo de trabalho da OMS e IARC referiu-se a um estudo que detectou aumento de 40% no risco de gliomas (tumor cerebral) entre os usuários mais frequentes de celulares, ou seja, os que utilizam em média 30 minutos por dia em um período de dez anos. (Fonte: www.estadao.com.br)

- A precaução foi recomendada pelo Grupo Independente de Especialistas em Telefones Móveis do Reino Unido, por meio do Relatório Stewart, publicado em 2000, e pelo Comitê Nacional de Proteção Contra Radiação Não Ionizante da Rússia, em documento de 2008. O Comitê russo entende que as características do crânio e encéfalo da criança predisporiam a maior absorção da radiação, e o efeito cumulativo no sistema nervoso central (SNC) imaturo poderia provocar alteração das funções nervosas superiores (déficits de atenção, memória e aprendizado), irritabilidade e distúrbios do sono. (Fonte: http://www.scielo.br)

- Membros do Comitê Nacional de Proteção Contra Radiação Não Ionizante da Rússia apontam que é particularmente preocupante o aumento da morbidade entre os jovens de 15 a 19 anos, e é muito provável que a maioria deles é usuária de telefonia celular por um longo período de tempo. Comparado a 2009, o número de doenças no sistema nervoso central entre jovens de 15 e 17 anos cresceu 85%. O número de indivíduos com epilepsia ou síndrome epiléptica cresceu 36%, e o número de "atraso mental" cresceu 11%. O número de doenças do sangue e transtornos do estado imunológico cresceu 82%. No grupo de crianças com idade inferior a 14 anos, houve um crescimento de 64% no número de doenças do sangue e alterações do estado imunológico. Também houve crescimento de 58% em distúrbios nervosos. O número de pacientes com idades entre 15 e 17 anos que realizam tratamentos devido a perturbações do SNC cresceu 72%. (Fonte: http://electromagnetichealth.org)

- Na Espanha, já se reconhece a hipersensibilidade às ondas produzidas por telefones celulares, tornando causa de incapacidade permanente. (Fonte: www.noticiasmedicas.es)

- Com informações populacionais fornecidas pelo IBGE, entre os 22.543 casos de morte por câncer, no período de 1996 a 2006, a pesquisadora Adilza Dode - professora do Centro Universitário Izabela Hendrix e da Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais – selecionou 4.924, cujos tipos – próstata, mama, pulmão, rins, fígado, por exemplo – são reconhecidos na literatura científica como relacionados à radiação eletromagnética. Utilizando o geoprocessamento da cidade, foram mapeadas as distâncias das antenas em que moravam as 4.924 pessoas que morreram no período. Até 500 metros de distância das antenas, a pesquisadora encontrou 81,37% dos casos de óbitos por neoplasias - tumor que poder ser maligno ou benigno. (Fonte: www.mreengenharia.com.br)