Economia | 04/07/2013 | 20:40
Comerciários rejeitam 8,5% e ameaçam greve
Lucas Lemos - lucas.lemos@canalicara.com
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Após três meses de negociação, os comerciários de Içara decidiram pelo estado de greve na noite desta quinta-feira, dia 4. A deliberação foi acertada porque o máximo que se conseguiu avançar até agora foi 8,5%. O índice representa a inflação de 7,17 pontos percentuais e mais 1,33 de ganho real. Para evitar a paralisação, os trabalhadores pedem a correção e pelo menos 2,83%. O número está aquém dos 5% de valorização requisitado inicialmente. Apesar de não ter sido aprovado pela categoria, a proposta patronal já foi aplicada para alguns dos trabalhadores.
Segundo o presidente Gelson Gonçalves, a decisão tomada no auditório da Cooperaliança será anunciada aos comerciantes já nesta sexta-feira. "Na próxima semana não deveremos realizar a greve por causa do movimento sindical que será realizado para o fechamento da BR-101 em Laguna na quinta-feira. Deverá ficar então para a semana seguinte. Vamos começar pelas maiores empresas e pelo Centro", detalha.
Além de rejeitarem o índice de reajuste, os comerciários negaram também a abertura do comércio em feriados. Uma das propostas era manter o funcionamento no dia 7 de setembro e 12 de outubro. Fora de pauta, os trabalhadores levantaram ainda a rejeição ao desconto de 6% (dividido em duas parcelas de 3%) na folha. Trata-se de uma contribuição opcional. Mas para que o valor não seja aplicado na folha, o presidente explica que os trabalhadores precisarão enviar uma carta ao sindicato. A única aprovação foi então pelo piso de R$ 925,00.
RISCO DE DEMISSÕES - De acordo com o presidente dos comerciários, Gelson Gonçalves, a decisão tomada na assembleia geral representa risco de demissões. É que na avaliação dele, os patrões chegaram ao limite. No caso de uma contraproposta não ser lançada, um dos caminhos será ir ao Tribunal de Justiça. E nesta situação, o indicativo poderá ser apenas a inflação. "Agora quero ver quem vai para a greve", indaga. "Se espontaneamente todos parassem, conseguiríamos até 20% de aumento", aponta.