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Cotidiano | 18/05/2012 | 09:34 - atualizada às 12h45

Içara tem 30 casos de abuso sexual

Especial do Jornal Gazeta

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Uma realidade que existe e está cada vez mais presente na sociedade brasileira. Eis o abuso sexual contra crianças e adolescentes. Em Içara, 30 casos foram registrados e estão em acompanhamento. O número é considerado pequeno se comparado ao de habitantes. A cidade tem quase 60 mil pessoas. Contudo, ao tratar de crianças com direito violado, essa estatística só será considerada satisfatória quando for cessada. Pelo menos esse é o desejo e objetivo do Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas) criado há quatro anos.

A maioria dos casos de abusos registrados em Içara foi cometida por pessoas do convívio da criança e ou adolescente. Esses fatos, geralmente, são encaminhados pelo Conselho Tutelar. As situações são acompanhadas de perto e se o crime for constatado de fato, acaba relatado ao Ministério Público. Tudo isso em paralelo ao atendimento psicológico tanto da criança, quanto da família, feito pelo Creas e, se necessário, por outros órgãos.

O intuito do programa é fazer com que a criança continue no convívio familiar. Para crianças abusadas pelos padrastos, a orientação é para que não haja mais convívio com o acusado. Quando os pais estão envolvidos, outros membros da família (avós, tios, primos) são procurados para cuidar da criança. Em ocorrências extremas, quando não há ninguém da família que possa dar auxílio, a criança é encaminhada para famílias acolhedoras.

“Nosso objetivo é sempre fazer com que a criança permaneça com a família. Quando o abuso é cometido por alguém que não seja pai ou mãe, a fúria acaba sendo despertada em toda a família. O que é necessário ser trabalhado. Por isso temos uma equipe de profissionais que auxiliam nesse tratamento. Tanto a criança quanto a família, ficam em acompanhamento por, no mínimo, seis meses no Creas, e também são encaminhados para o CRAS do nosso município.”, sintetiza o psicólogo Halisson Zanardi.

A reação da criança difere de acordo com a personalidade de cada uma. Muitas ficam receosas em relatar o ocorrido. Outras se sentem protegidas quando questionadas e orientadas de que isso não irá mais acontecer. Cada caso é tratado conforme a necessidade. “A questão de assumir é relativa. Os acusados sempre negam, mas em meio às evidências, acabam se entregando. Todo trabalho é realizado afim de recuperar o psicológico dessa criança e para que o caso não acometa problemas futuros”, pontua o psicólogo.

Os casos de violência sexual vão além dos cometidos dentro de casa. Muitos são realizados por pessoas com o simples desejo de exercer o seu poder sobre a criança. Outros, como forma de obter vantagens financeiras e lucros. Diante da vulnerabilidade, a criança pode, inclusive, ser explorada para tráfico, pornografia e prostituição. “É uma questão muito séria. A mobilização de toda a sociedade é importantíssima por diversos aspectos. É preciso que as pessoas entendam, fiquem atentas e denunciem”, ressalta.

DENUNCIE - Quem suspeitar de algum crime de abuso deve denunciar o caso aos órgãos competentes. O contato pode ser feito diretamente com Conselho Tutelar pelo número (48) 34327668 ou (48) 84778393. As denúncias podem ser feitas também para o Serviço de Enfrentamento à Violência, ao Abuso e à Exploração Sexual contra crianças e adolescentes (Içara) através do telefone (48) 34327247. Ou anonimamente pelo Disque 100 (ligação gratuita).


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