Cotidiano | 16/05/2012 | 20:09
Magistério de Içara promete manifestos
Lucas Lemos - lucas.lemos@canalicara.com
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O magistério de Içara vai partir ao ataque na mídia. Além disso, poderá entrar em estado de greve, deflagrar a Operação Tartaruga e criar manifestos tanto na Câmara Municipal quanto na Prefeitura. Tudo isso apoiado também por sindicatos regionais. Por ora estes são os possíveis encaminhamentos aprovados pelos servidores ligados a rede municipal de ensino. A ordem dos acontecimentos será definida pela comissão já criada, mas agora ampliada.
"Nunca em 15 anos de sindicato um prefeito descumpriu um acordo já firmado". A frase da tesoureira do Sindicato dos Servidores Públicos de Içara Edna Benedet foi disparada na assembleia geral do magistério nesta quarta-feira, dia 16. A exclamação ocorreu devido a suspensão do aumento da categoria. A Prefeitura havia anunciado a concessão de imediatos 7% retroativos a janeiro. Contudo voltou atrás neste mês em que repassaria o valor.
Conforme o assessor jurídico Douglas Mattos, a interpretação do Sindserpi é que a concessão do aumento não conflita com a lei eleitoral. Afinal trata-se do cumprimento de uma lei federal. "Para resolver vamos ter que botar carro de som, colocar outdoor, escrever uma carta à sociedade e ir para a mídia", sinaliza. "Forquilhinha, Urussanga, Cocal do Sul e Siderópolis deram depois do prazo eleitoral. E porque Içara não vai poder? A única justificativa que se tem para isso é que o prefeito não quer dar", estende Edna.
“Prefeito se bate é na sociedade. Eles estão loucos que se faça greve para entrar com liminar, decretar a ilegalidade da paralisação e cobrar R$ 50 mil do sindicato. Mas vamos bater na questão eleitoral. Quero ver aguentar. Temos em caixa R$ 100 mil. Se tivermos que gastar tudo até o dia 7 de outubro, gastaremos para que o próximo prefeito em janeiro não se meta a querer dizer que não vai repassar o reajuste”, resume ainda a tesoureira sindical.
CONTRAPONTO - Segundo informado via assessoria de imprensa pela manhã, a Prefeitura abriu uma consulta no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) para verificar se há conflito com a lei eleitoral. “Aguardamos resultado da referida consulta sobre a aplicação da diferença do Fundeb; e se isso caracterizaria ofensa à Lei Eleitoral. Buscamos resolver a situação e dar os encaminhamentos que beneficiem a classe, mas que não comprometam o prefeito”, explicou o procurador Walterney Réus.
CLÁUSULAS COLETIVAS - Além do imbróglio do magistério, a assembleia geral votou também as cláusulas coletivas dos servidores públicos. Mas foi aprovada somente uma proposta da Prefeitura Municipal quanto ao atendimento odontológico. Já para outros itens foi colocado um prazo de 30 dias para uma resposta conclusiva da Administração Municipal. Isto inclui a criação da lei de assédio moral, fornecimento de equipamentos de proteção, vale-alimentação, equiparação do piso com o mínimo nacional e disponibilização de horário médico.