Política | 27/06/2011 | 17:05
Nomes já conhecidos no caso das cédulas
Lucas Lemos - lucas.lemos@canalicara.com
Compartilhar:
A incógnita dos nomes indiciados no escândalo das cédulas foi rompida na tarde desta segunda-feira, dia 27. Isto porque o inquérito que trata do caso foi disponibilizado para consulta pública. O documento está acessível no Cartório do Fórum de Içara e deverá ser buscado pelos advogados das partes envolvidas caso elas sejam denunciadas pelo Ministério Público ao Judiciário.
Conteúdo relacionado:
Especiais » Acompanhe mais notícias sobre o escândalo das cédulas
O documento cita indícios de prevaricação por parte de Acirton Costa e Itamar da Silva. Os mesmos vereadores também são apontados por advocacia administrativa. A diferença é que a investigação sobre este segundo crime inclui também Darlan Carpes. Já por constrangimento público são indicados em negrito os nomes de Darlan Carpes e o presidente da Cooperaliança, Pedro Deonísio Gabriel.
O relatório realizado pelo Grupo de Atuação Contra o Crime Organizado (Gaeco) cita que a votação teve a interferência da cooperativa de eletrificação rural. Conversa interceptada cita inclusive a logística utilizada para saber sobre o posicionamento dos vereadores. Funcionário da Cooperaliança e também vereador, André Jucoski é colocado pelo Gaeco como alvo do esquema sob ameaça de perder o emprego.
“Não tenho conhecimento do resultado deste inquérito”, afirma Pedro Deonízio Gabriel. Já ao saber do indiciamento, o presidente da cooperativa afirmou que não armou nenhum esquema. “Nunca fiz isso”, relatou em negação ao conteúdo gravado com a quebra do sigilo telefônico pessoal e da residência.
Procurado pelo Canal Içara, Acirton Costa também afirmou desconhecer este conteúdo. E, preferiu não se manifestar publicamente. Darlan Carpes e Itamar da Silva não foram achados pela reportagem. Todos eles tiveram os telefones monitorados juntamente com Joaci Domingos Pereira, Neuzi Berto Silveira e Osmar Manoel dos Santos. O juiz Sérgio Renato Domingos utilizou como base para a quebra do sigilo telefônico o posicionamento dos vereadores anteriormente à votação dos projetos.
Também segundo a investigação, uma das cédulas verificadas estava marcada diferenciadamente e tinha pontuação diferenciada no próprio conteúdo. O material foi utilizado na revogação do veto do prefeito Gentil Da Luz às mudanças nas atribuições da Fundai e extinção da área de preservação ambiental de Santa Cruz.