Política | 23/10/2008 | 17:42
Polakinho quer distrito da Vila Nova
Lucas Lemos
Compartilhar:
André Mazuchello Jucoski, o Polakinho, tem 35 anos e trabalha atualmente como auxiliar de segurança na Cooperaliança. No próximo ano, ele também ocupará uma vaga na Câmara de Vereadores.
O candidato a vereador eleito nasceu e vive no bairro Vila Nova, junto com a família. É nessa comunidade que os trabalhos dele serão focados. Casado há 10 anos com Marilene de Souza, Polakinho tem uma filha chamada Mônica, que tem a mesma idade do matrimônio.
O ingresso na política aconteceu com 16 anos. Na época, era integrante da Juventude Progressista (JPP). Em 1998, mudou para a sigla em que foi eleito, o PSDB. Dentro do partido, foi integrante da executiva.
Há mais de seis anos, Polakinho já focava a candidatura. Neste ano, ele tentou pela primeira vez e conseguiu. A vitória nas urnas foi com 1,1 mil votos. “Quero ser parceiro dessas pessoas. E, não só delas. Quero ser parceiro do povo de Içara”, explica ele.
Em entrevista para o Canal Içara, na quinta-feira, dia 23, o futuro vereador falou dos aliados, da campanha, de estudos e do desejo que tem de ver o bairro crescer ainda mais. Confira:
Em Vila Nova, você concorria diretamente com a Eliana Jucoski, que tem parentesco com você. Como era o seu relacionamento com ela?
Polakinho: A gente tem uma relação muito boa. Eu acho que a política passou. Agora, a gente tem que começar a conversar. Eu vou procurar todos os candidatos que concorreram pela Vila Nova. Vamos sentar em uma mesa redonda para nós conversarmos sobre a Vila Nova e os bairros que nos cercam. Quando eu falo na Vila Nova, eu não me refiro somente ao bairro em si. Eu costumo dizer que a grande Vila Nova é formada por Linha Zili, o Espigão, Sanga Funda, Barracão, e um pouquinho da Vila Alvorada.
Qual a sua meta para a região da Grande Vila Nova?
Polakinho: O meu objetivo é uma creche para crianças de 0 a 3 anos. As mães, hoje, não tem onde deixar os filhos. Graças a Deus, existem pessoas que gostam de crianças e cuidam delas para as mães trabalharem. Mas a demanda é muito grande. Isso é importante para que as mães ajudem no orçamento familiar.
Existe algum objetivo em relação a aceleração do crescimento do bairro?
Polakinho: Durante a campanha, visitei todas as classes do bairro e empresários. Consegui pegar várias idéias. Por isso que o meu objetivo de reunir os outros candidatos que não se elegeram é o ponta-pé para a gente começar um trabalho voltado para o crescimento. Quem vai ganhar com isso é o município de Içara.
Se o Rincão se tornar município, a emancipação irá interferir no bairro?
Polakinho: Naquele ano em que foi feito o plebiscito, todas as forças se juntaram para que o bairro fosse um distrito de Içara. A Vila Nova é o centro do município. Nós estamos ao lado da BR-101 e ao lado de várias empresas consagradas. Mas, temos que ouvir os empresários do bairro.
Todo candidato tem pessoas que trabalham para a eleição. No seu caso, quais as forças políticas que te apoiaram?
Polakinho: O Adêmio Pavei, o Dóia, Paulo Brígido, César Dagostim, Lucelino Dagostim - que hoje é o vice da Cooperaliança - , e o Edi Schomoeles... e outras pessoas também me ajudaram. Eu nem gosto de citar muitos nomes, pois eu posso me esquecer de alguém. Mas, eu tenho um leque de pessoas que preciso agradecer. E, estou fazendo isso... Visitando essas pessoas. Eu vejo que a política não acaba quando as urnas se fecham. É todos os dias que a gente faz política.
O seu bairro está próximo da mina. Você já tem algum posicionamento sobre a extração de carvão?
Polakinho: Eu não tenho uma decisão formada. Os agricultores tem me procurado para falar sobre o assunto. E, tenho dito para eles que eu não fiz nada sozinho até o término da campanha. Estou consultando as pessoas do bairro da Vila Nova para ver o que elas acham.
Como é o seu relacionamento com a Associação Atlética Vila Nova?
Polakinho: Sou quase um conselheiro. Este é um trabalho social que a gente sempre fez no anonimato. Me expor não é o meu estilo. Quero manter este nível e continuar dessa forma.
O seu nome está disponível para a presidência da Câmara?
Polakinho: Eu gostaria de ficar sentado na minha cadeira e colocar os projetos dos bairros na Câmara. Eu devo a minha gratidão aos bairros e a coligação. Não tenho a pretensão de ser presidente.
Você considera moralmente correto um vereador faltar ao legislativo em época de campanha?
Polakinho: Eu acho que o vereador tinha que participar das sessões. Ele foi eleito para isso. A não ser que ele esteja com problema de saúde.
Qual foi o motivo da troca de partido em 1998?
Polakinho: Eu prefiro não comentar. Até porque eu tenho muita afinidade com o ex-presidente da Cooperaliança, o Adêmio, e também muita afinidade com o assessor parlamentar, o Dóia. Por isso, não quero entrar em detalhes da outra sigla.
Você vai entrar na Câmara com um partido coligado com a futura oposição. Como será o seu relacionamento com a situação?
Polakinho: Fomos eleitos por uma coligação. Nesta semana, até sentamos para conversar neste sentido: o que for bom para o município, a gente vai votar; o que a gente entender que não ser bom para o município, não vamos votar. Acho que Içara é muito maior do que outras coisas.
O estudo é fundamental para que um candidato ocupe o cargo de vereador?
Polakinho: Atualmente, o conhecimento é fundamental. Mas, nós temos vereadores que se reelegeram, sem estarem formados. Acredito que eles fazem um bom trabalho mesmo assim. A experiência está acima de tudo.
Os gastos com as campanhas somam quantias suficientes para a construção de duas novas escolas como o Quintino Rizzieri. Isso não é desperdício?
Polakinho: Nós tivemos 70 candidatos a vereador e duas chapas majoritárias consideráveis brigando pelo crescimento de Içara. Em meio a isso, quem tem poder aquisitivo alto gasta mais... E, quem tem poder aquisitivo pequeno, gasta menos. É assim que funciona. Mas, eu não tenho conhecimento dos gastos excessivos das campanhas.
Os ataques políticos em época de campanha denigrem a imagem da cidade?
Polakinho: Cada coordenação tem um perfil. Um gosta de atacar. E, outro gosta de ser mais maleável. A política é assim.