logo logo

Curta essa cidade!

HUB #IÇARA

Venha fazer também a diferença!

Comunicação + Conteúdo + Conexões

Acessar

Economia | 19/04/2012 | 23:23

Poupança fica mais atrativa

Especial de Daniel Lima e Kelly Oliveira, da Agência Brasil

Compartilhar:

A redução da taxa básica de juros (Selic) em 0,75 ponto percentual pode tornar a caderneta de poupança um rendimento mais interessante do que os fundos de renda fixa. A conclusão é de estudo da Associação Nacional de Executivo de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac). O estudo foi lançado nesta quinta-feira, dia 19.

A poupança pode se tornar atraente porque diferentemente dos fundos de renda fixa, a caderneta rende a TR (taxa referencial) + 6% ao ano, não recolhe imposto de renda (IR) sobre os rendimentos e é livre da taxa de administração cobrada pelos bancos. No caso do imposto de renda, a incidência do tributo varia de 22,5% em aplicações de até seis meses e cai para 15% para aplicações acima de 2 anos.

O estudo da Anefac levou em consideração taxas de administração cobradas pelas instituições financeiras que podem variar de 0,5% ao ano até 2,5% ao ano. Na simulação da Anefac, foi estipulada uma rentabilidade da caderneta de poupança de 0,54% ao mês. Pelos cálculos da associação quando os fundos de renda fixa ficarem com rentabilidade mensal menor do que 0,54%, a poupança passa a ser melhor para o investidor.

Ou seja, para competir com a poupança, o dinheiro aplicado deve render pelo menos 0,55% ao mês nos fundos. O poupador ainda deve levar em consideração o prazo do investimento devido ao cálculo do imposto de renda que é reduzido com o passar do tempo. A queda na Selic tem provocado inclusive discussões a respeito da necessidade de o governo alterar o cálculo da caderneta.

Isso porque com a aplicação mais atrativa, os investidores poderiam migrar dos fundos de renda fixa para poupança, que são formados por títulos públicos utilizados pelo governo na rolagem da dívida. Oficialmente, o governo nega qualquer estudo sobre mudança. A Anefac avalia que, entre as possibilidades que o governo deve avaliar, estão atrelar o rendimento da poupança à variação da taxa básica de juros ou cobrar imposto de renda sobre a poupança.