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Cotidiano | 16/03/2013 | 11:10

Rodovia apresenta más condições

Especial do Jornal da Manhã

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São pouco mais de 10 quilômetros de estrada de chão, trecho formado por buracos e poeira, que causam transtornos aos moradores, atrasam o desenvolvimento de Forquilhinha e região e dificultam o escoamento da produção agrícola e do setor metalúrgico. Assim podem ser descritos os problemas ocasionados devido à falta de pavimentação da rodovia Jacob Westrup, que liga Forquilhinha a Maracajá e BR-101.

Mesmo em condições precárias, mais de 600 veículos passam diariamente pela via localizada na área rural do município. “Estamos muito atrasados. A rodovia mais velha do Sul está abandonada”, expressa o agricultor Reinaldo Horr, de 83 anos. “Como está atrapalha muito no escoamento da produção. A pavimentação é fundamental para o desenvolvimento do Sul. Ela é de extremo valor, pois também poderá atrair mais indústrias para a região”, completa o filho do agricultor, de 52 anos.

Além de tornar mais ágil e fácil o transporte da produção, a Jacob Westrup vai ser uma rota alternativa aos motoristas que pretendem se dirigir a Região do Vale e, também, ao Rio Grande do Sul. Hoje, devido aos desníveis da estrada, ela deixa de ser utilizada pelos condutores. Eles acabam optando ir a Maracajá ou acessar a rodovia federal pela avenida Gabriel Arns. A viagem se torna mais longa, aumentando entre 15 e 20 quilômetros.

“A pavimentação vai ser útil não só para quem mora aqui, mas para quem reside nos municípios vizinhos também, como Nova Veneza, Treviso e Morro da Fumaça, que poderão utilizar a rodovia para se deslocarem. Por lá o caminho fica mais longo e demorado, pois pegamos o trânsito da cidade”, ressalta Horr.

Devido à falta de pavimentação, a família Horr lembra que transportes coletivos deixaram de passar pela rodovia. “Antes passava ônibus por aqui. Quando eu estudava tinha ônibus de linha. Hoje se eu quiser ir a Forquilhinha ou Criciúma terei que ir de carro, pois não passa mais ônibus”, enaltece o filho do agricultor.

Para o aposentado Paulo Reni da Costa, de 57 anos, a pavimentação vai possibilitar muitas mudanças a comunidade. “A região será mais valorizada, mais pessoas virão para cá. Com o asfalto creio que muitas coisas vão melhorar, pois se com a estrada desse jeito o movimento já é grande, imagine se pavimentar”, observa.

A constante poeira e os buracos, que são formados pelo tráfego de veículos na Jacob Westrup, incomodam bastante os moradores. “Tem dias quentes que não dá nem de abrir a casa por causa da poeira e do vento. A casa chega a ficar branca. O carro não aguenta também. É comum ter que mandar para o conserto”, comenta Costa. “Faz tempo que estamos pedindo a pavimentação. A estrada incomoda bastante por causa da poeira e do barro”, completa o agricultor José Réus, de 51 anos, que mora na localidade há 35 anos. O plantio de algumas culturas também fica prejudicado por causa da estrada de chão. “Verdura não se planta aqui, pois se perde tudo por causa da poeira”, comenta Horr.

Porém tem morador que acha que a rodovia deve ser projetada com muito cuidado, com lombadas eletrônicas para que não causem acidentes. “Penso que seria melhor se ficasse assim. Se pavimentar vai ter movimento muito grande para ir a praia e Rio Grande do Sul. O asfalto vai ser bom para as novas empresas, para o povo, mas não para o simples trabalhador. Coloco minha criação de um lado para o outro da rodovia, mas com os carros passando toda hora como vai ser? Vou ter que cuidar para não ser atropelado. Por isso tem que pensar em colocar uma lombada eletrônica”, ressalta o agricultor Eloir Horr, de 67 anos.

O projeto de pavimentação da rodovia, de acordo com o prefeito de Forquilhinha, Vanderlei Alexandre, foi elaborado em 2010 pelo Departamento Estadual de Infraestrutura (Deinfra). O valor do investimento é de aproximadamente R$ 21 milhões. Para que o desenho saia do papel, o chefe do poder Executivo e lideranças políticas lançaram uma campanha a favor da pavimentação, como forma de pressionar o governo do Estado.

O prefeito está bem confiante pela obra. “Esta semana estive em Brasília e conversei novamente com o governador Raimundo Colombo. Ele disse que está cuidando com carinho do pedido. A viabilidade está muito próxima de acontecer. Vamos manter viva a campanha até conseguir o que desejamos. Essa obra é importante para o escoamento da produção, para diminuir o tráfego da avenida Gabriel Arns e pode contribuir para trazer novos núcleos industriais a cidade”, comenta Alexandre, acrescentando que deve ser agendado um novo encontro com prefeitos da Região Carbonífera e deputados estaduais para debater o assunto.


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