Servidores públicos em estado de greve

Ânimos acalorados marcaram a assembleia dos servidores públicos de Içara na noite desta quinta-feira, dia 12. Isto por causa da pressão sobre o sindicato da categoria para aprovação de um dissídio que não agradou aos trabalhadores. A proposta apresentada pela Administração Municipal foi de 6,5% inicial mais 0,5% em cumulativos em três vezes. Mas, os servidores não aceitaram.

Por um ganho real maior, os trabalhadores já anunciaram inclusive estado de greve. “Nós não vamos ficar por baixa das contrapropostas das prefeituras da região”, afirma a presidente do Sindiserpi, Vera Regina Vieira. O pedido é de 2% de aumento real. Ou seja, que o dissídio atinja 8,36%. As tratativas deverão ocorrer até a próxima assembleia, na quarta-feira, dia 18. Desta vez, sem possibilidade de negociação após 17h.

“Aqui neste sindicato ninguém é palhaço. Estamos cansados de receber ligações de servidores denunciando pressão dos superiores para aprovarem a proposta da Administração. Somente hoje foram mais de 15 ligações”, explica a componente sindical Edna Benedet. Ainda segundo ela, a interferência por dois servidores efetivos, atualmente comissionados, foi tentada inclusive na assembléia. Os nomes, contudo, ela não citou.

"Nessa administração quem está passando da conta é o Governo", avalia o assessor Jurídico do Sindiserpi, Douglas Mattos. A revolta dele é exemplificada com o Plano de Carreira do Samae. O documento chegou a ter uma data anunciada para assinatura. Mas, acabou não efetivado. "É uma bagunça que está nos fazendo nós sermos enrolados há dois anos e meio", discursou sobre um dos pontos em negociação desde governos anteriores.