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Segurança | 13/02/2013 | 09:52

Três pessoas são encontradas mortas

Especial de João Zanini, do Jornal da Manhã

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Até o início deste mês, Criciúma havia registrado apenas um homicídio e a polícia comemorava a estatística. Porém, tais dados foram elevados bruscamente na manhã no feriado de Carnaval, dia 12. Três pessoas foram encontradas mortas no bairro Demboski com marcas que indicavam terem sido alvejadas na cabeça.

A Polícia Militar recebeu a informação de que os cadáveres tinham sido encontrados em um local ermo, após uma ponte nova, a menos de um quilômetro da empresa Manchester. No local, dois homens, um aparentando ser mais velho e o outro jovem, estavam caídos próximos um do outro, ensanguentados, com furos na cabeça, aparentando ser provenientes de tiros. Mais adiante, uma mulher também estava caída com as mesmas características e, como os outros, sem vida.

A cena foi assustadora para populares que se aproximavam em busca de informações do motivo que levava cerca de 10 viaturas policiais ao terreno. “A cena está macabra”, anunciou o sargento Carvalho, que trabalhava pedindo à Central Regional de Emergências que acionasse o Instituto Médico Legal (IML) e o Instituto Geral de Perícias (IGP). A Polícia Civil também esteve no cenário do crime e constatou o que já se imaginava: tratava-se de uma matança, caracterizando três homicídios em apenas um lugar.

Os dois homens foram mortos com dois tiros na cabeça cada um. A mulher, com apenas um tiro. “É um triplo assassinato. Foram encontradas pedras de crack na roupa íntima da mulher e uma das vítimas já foi identificada”, afirmou o delegado Fernando Pagani Possamai. A vítima identificada foi Alan Delon Sebastião Ávila, de apenas 22 anos, morador do bairro Lote Seis.

Segundo as primeiras informações apuradas, ambos seriam envolvidos com o uso de entorpecentes e, possivelmente, esta foi a motivação do assassinato em série. “É cedo para darmos a certeza do que realmente aconteceu”, confirmou a autoridade policial. A responsabilidade das investigações ficará por conta da Divisão de Investigação Criminal (DIC) criciumense.

O corpo de Ávila foi liberado para a família às 18h. Os outros dois seguem sem identificação. Segundo informações do IML, ambos possuem características bem particulares. “A mulher tem tatuagens com vários nomes, dizendo ser ‘sangue do meu sangue’, possivelmente de filhos, e um tribal. Ela aparenta ter 40 anos. O homem tem aparência da mesma idade do que ela e não possui o dedo indicador de uma das mãos”, explica.

Depois das três mortes e de uma vítima que morreu espancada em Siderópolis no fim de semana, a região da Amrec já possui sete assassinatos contabilizados. Unem-se a estes quatro o corpo encontrado no Morro da Bananeira no início de janeiro e um assassinato que ocorreu semana passada, em que um homem teve a genitália decepada, além de um corpo carbonizado dentro de residência no bairro Cidade Alta, em Forquilhinha.


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