Abertura da Casa Azul esbarra na burocracia e na falta de recursos

Os voluntários da Associação Beneficente de Apoio ao Autista (Abaa) receberam as chaves da Casa Azul em abril e a perspectiva era começar os atendimentos no local ainda em maio, mas isso não ocorreu até o momento e não há nova estimativa de quando o funcionamento poderá ser iniciado. Segundo a presidente da entidade içarense, Sandremara Costa, há dois impedimentos para o início das atividades.

“Para abrirmos as portas, precisa estar tudo certo para funcionar e para nós ainda falta o termo de cessão, que deve ser aprovado pela Câmara Municipal e ter a sanção da prefeita Dalvania Cardoso. A informação que temos é que o termo ainda está em elaboração no jurídico da Prefeitura”, expõe Sandremara.

O outro empecilho é a falta de recursos para o custeio dos atendimentos com neuropediatra, psicólogo e terapeuta ocupacional, serviços gratuitos para as famílias associadas. “Precisamos de um convênio com o município para ajudar a pagar os profissionais, porque a associação sozinha não vai ter como manter toda a equipe multidisciplinar”, sustenta a voluntária.

Segundo Sandremara, há o comprometimento de parlamentares para a destinação de recursos à entidade, no entanto, isso só será possível a partir de 2022. O funcionamento da Casa Azul por pelo menos um ano também é uma das exigências para que um futuro convênio com o Sistema Único de Saúde (SUS) possa ser efetivado.