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Cotidiano | 20/07/2021 | 08:00

Alimentos ultraprocessados podem oferecer riscos à saúde

Sugestão é substituir esses alimentos por opções in natura ou por aqueles que possuem menos processamento

Andreia Limas - andreia.limas@canalicara.com

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Sucos de caixa e refrigerantes; salgadinhos; salsicha, bacon, presunto, linguiças e hambúrgueres; chocolate; sopas instantâneas; barras de cereal ou cereal matinal; refeições prontas, como lasanha ou pizza; shakes; bolos, tortas. Esses são alguns exemplos dos chamados alimentos ultraprocessados, que parecem inofensivos, mas podem representar riscos à saúde.

“Esses alimentos passam por maior processamento industrial, a maioria deles possui alta adição de açúcares, gorduras, substâncias produzidas em laboratório como corantes, aromatizantes e, principalmente, conservantes. Como são alimentos com baixo valor nutricional e geralmente favorecem o consumo excessivo de calorias, eles podem trazer efeitos negativos sobre a saúde, se consumidos a longo prazo”, explica a nutricionista Alexsandra Medeiros.

São problemas como a obesidade, devido à quantidade de açúcares simples e gorduras; doenças cardiovasculares, pelo excesso de gordura saturada e sódio; osteoporose, em razão do uso de corantes, conservantes e aromatizantes; desequilíbrio na flora intestinal, principalmente pela presença de organismos modificados em laboratório e pela composição baixa em fibras.

Aumento do consumo

Um estudo do Datafolha, encomendado pelo Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) mostra que o consumo de alimentos ultraprocessados aumentou durante a pandemia, passando de 9% em outubro de 2019 para 16% em junho de 2020, considerando a população de 45 a 55 anos de idade.

O levantamento abordou pessoas entre 18 e 55 anos pertencentes a todas as classes econômicas e de todas as regiões do Brasil, e revela que salgadinhos de pacote ou biscoitos salgados foram os produtos campeões de consumo em comparação com o levantamento realizado em 2019, subindo de 30% para 35%. O segundo lugar no ranking ficou para margarina, maionese, ketchup ou outros molhos industrializados, cujo consumo subiu de 50% para 54% em 2020.

“Os dados são preocupantes. Também observei no consultório que nesse período de pandemia, as pessoas se tornaram mais ansiosas. Além da ansiedade, a incerteza do período e o sedentarismo contribuíram para o ganho de peso da maioria dos pacientes. Tal fato pode ser explicado, pois as alterações de humor contribuem para o aumento de consumo de alimentos e em domicílio esse acesso se torna mais fácil”, pontua Alexsandra.

Substituições

De acordo com a especialista, para uma alimentação rica e balanceada em vitaminas e nutrientes, a sugestão é substituir esses alimentos por opções in natura ou por aqueles que possuem menos processamento, como grãos, tubérculos, oleaginosas, frutas, hortaliças, carne, leite e ovos.