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Cotidiano | 08/07/2013 | 18:35

Aluno de medicina terá que atuar no SUS

Especial de Luana Lourenço e Mariana Tokarnia, da Agência Brasil

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Os alunos que ingressarem nos cursos de medicina a partir de 2015 terão que atuar dois anos no Sistema Único de Saúde (SUS) para receber o diploma. A medida é válida para faculdades públicas e privadas. Trata-se de uma das regras do Programa Mais Médicos anunciado pelo Governo Federal nesta segunda-feira, dia 8. A medida fará com que o curso passe de seis para oito anos de duração.

Os estudantes irão trabalhar na atenção básica e nos serviços de urgência e emergência da rede pública. Eles vão receber remuneração e terão autorização temporária para exercer a medicina, além de continuarem vinculados às universidades. Os profissionais que atuarem na orientação desses médicos também receberão complemento salarial. Os últimos dois anos do curso, de atuação no SUS, poderão contar para residência médica ou como pós-graduação, caso o médico escolha se especializar em uma área de atenção básica.

Com a mudança nos currículos, a estimativa é a entrada de 20,5 mil médicos na atenção básica. "Esse aumento será sentido a partir de 2022, quantos os médicos estarão formados", relata o ministro da Educação, Aloizio Mercadante. Por haver recursos federais no programa, os alunos das escolas particulares deverão ficar isentos do pagamento de mensalidade durante os dois anos finais.

Até 2017, a oferta de vagas nos cursos de Medicina terá um aumento superior a 10%. Com o programa Mais Médicos, serão abertas 3.615 vagas nas universidades públicas e, entre as particulares, devem ser criadas 7.832 novas matrículas. O aumento deve ser sentido já este ano com 1.452 vagas. Em 2014, serão 5.435. Atualmente, 57 municípios oferecem cursos de medicina com o programa de residência. Mais 60 passarão a ofertar. A criação de cursos particulares será definida por meio de editais públicos, de acordo com a necessidade do país.