Alunos da Escola Quintino Rizzieri lançam livro de contos

O ensino remoto, motivado pela pandemia, exigiu muita criatividade dos educadores para manter o interesse dos estudantes e possibilitar a aprendizagem fora do ambiente escolar. Essa experiência motivou trabalhos diferenciados e resultou em materiais como o livro Narrativa Fantástica – Um Latido em Cada Conto, que foi lançado pela professora Eliane Magdalena e seus alunos nesta quinta-feira, dia 2, na Escola Quintino Rizzieri, em Içara.

Atual diretora da unidade escolar, no ano passado Eliane recebeu o desafio de trabalhar com os alunos os gêneros textuais como forma de desenvolver a leitura e a escrita nas aulas de Língua Portuguesa. Os estudantes aprenderam sobre crônicas, provérbios, notícias até chegarem aos contos.

“Primeiro, desenvolvemos as histórias, para depois desenvolver as características do gênero, tudo remotamente. Os alunos me mandavam os trabalhos pelos formulários do Google e eu devolvia as considerações por WhatsApp”, conta a educadora. Segundo ela, toda a temática envolveu os direitos dos animais.

“Eles levavam seus bichinhos nas webconferências. Fizemos uma sobre o Centro de Zoonoses, outra sobre a lei de proteção aos animais com a presença de representantes da OAB. No final, com os textos que os alunos mandavam, fui montando o livro”, descreve.

Além da participação de 47 estudantes do sexto ano, autores dos textos e das fotos transformadas em ilustração, a publicação organizada por Eliane conta com depoimentos de advogados, veterinários e voluntários da causa. Inicialmente no formato de e-book, a obra está ganhando também uma versão impressa, que será distribuída aos participantes.

Solidariedade

O lançamento foi marcado também pela solidariedade. Entre as tarefas da gincana promovida pela escola neste ano estava a arrecadação de tampinhas plásticas. Parte desse material será doado à ONG Amigo Bicho, de Içara, para ser revertida em fundos e ajudar na manutenção das atividades. Outra parte irá para a campanha feita pela família de Thobias Canarin Schlengman, que busca recursos para um tratamento contra a leucemia no exterior, com custo estimado de R$ 2,5 milhões.