Apae trabalha prevenção na maternidade

A prevenção é sempre a melhor opção. Os cuidados precisam começar antes mesmo da gravidez. E após o nascimento, devem continuar para o desenvolvimento saudável das crianças. Essa orientação faz parte do projeto de acompanhamento longitudinal de bebês desenvolvido pela Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais de Içara no Hospital São Donato. A visita na fundação filantrópica ocorre uma vez por semana.

A proposta da equipe multiprofissional da Apae é detectar fatores de riscos que podem provocar o atraso no crescimento neuropsicomotor das crianças de até três anos. O procedimento inicia com uma entrevista com a família para o conhecimento da gestação e do parto. São analisados aspectos como a diabetes e pressão arterial. Além disso, as famílias são chamadas ao acompanhamento.

“É um trabalho preventivo. Não significa que a criança terá algum problema”, enaltece a psicóloga Jadna de Stefani Milioli. A visita na maternidade serve para repassar também orientações que podem facilitar as fases de desenvolvimento das crianças. “Uma das dicas é não utilizar andadores. Isto corta uma importante etapa que é engatilhar. Também é um fator de risco para acidente”, lembra a fisioterapeuta Mirian Guglielmi Balod.

Antes de engravidar, a mulher deve consultar o médico para verificar as condições do organismo, principalmente, se tiver menos de 18 anos e mais de 35. É aconselhável ainda fazer exames de hemograma, doenças sexualmente transmissíveis, toxoplasmose, diabetes e tipagem sanguínea. Entre as recomendações está o uso de ácido fólico para prevenir más formações. Em caso de uso de medicamentos, o tratamento deve ser então informado.

Durante a gravidez, as mamães precisam de pelo menos seis consultas. E se tiverem problema com pressão alta, diabetes, cardíaco ou infecções o médico deve ser procurado. A gestação exige alimentação saudável. Implica ainda em restrição ao uso de cigarros, álcool e outras drogas, além da exposição a radiação. As atividades físicas podem ser praticadas, contudo, com orientação médica.

No momento do parto, o ideal é pelo procedimento normal e, se possível, que a amamentação ocorra já na sala de parto. A dica é que o leite materno seja fornecido pelo menos até os 10 meses. A criança deve passar também por uma série de testes, entre eles, da orelhinha, pezinho e coraçãozinho. Além disso, o bebê deve ser acompanhado mensalmente por um pediatra e ter acesso as vacinas.

As orientações fazem parte do material distribuído pela Apae em campanhas de prevenção também fora do hospital. “Fazemos palestras de saúde, educação e assistência social”, lembra Jadna. Além da psicóloga e fisioterapeuta, a equipe possui a participação da fonoaudióloga Ceclília Yoshie Yamaschita Oshiro e a assistente social Gabriela Steffen Flores. O serviço pode ser requisitado na Apae pelo telefone (48) 3432-3184.