Tânia Giusti [Prefeitura de Içara]
Cotidiano | 31/05/2016 | 07:00
Apoio para largar o vício do cigarro
com informações das assessorias
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O tabagismo é considerado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) a principal causa de morte evitável em todo o mundo. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer, quase seis milhões de pessoas morrem por ano, das quais mais de 600 mil não são fumantes. Sem mudanças no cenário, estão previstas mais de oito milhões de mortes por ano a partir de 2030. Mais de 80% atingirão pessoas que vivem em países de baixa e média renda.
Em Santa Catarina, 269 cidades já aderiram ao Programa de Controle do Tabagismo. Nele, o paciente passa por uma avaliação sobre a motivação, nível de dependência e se há indicação ao uso de medicamentos. “Após essa fase, é realizada uma abordagem intensiva, que consiste em sessões individuais ou em grupo”, relata a chefe de divisão de Doenças e Agravos Não Transmissíveis da Diretoria de Vigilância Epidemiológica de SC, Jane Laner Cardoso.
Em Içara, o serviço antitabagismo já é oferecido há sete anos pela Secretaria Municipal de Saúde. “Além da troca de experiências e relatos, temos orientação com material escrito e, dependendo do caso, acompanhamento com psicóloga, pois cada um tem um grau de dependência diferente”, explica a coordenadora de um dos grupos de apoio, também enfermeira da unidade de saúde do Liri, Shirley Cardoso.
“Em cinco meses consegui guardar R$ 1 mil, podendo comprar coisas para mim e minha família. Mas sem dúvidas o maior ganho é a melhora na saúde, mais disposições para trabalhar e se exercitar. A autoestima também melhorou bastante. Você fica mais feliz e forte, pois sabe que é mais forte que o cigarro”, atesta Roseli Cardoso. Dos 11 participantes do grupo do Liri, três já conseguiram largar o vicio.
O trabalho ocorre também dentro do Programa DST/aids. “O tabagismo compromete o sistema imunológico, por isso resolvemos trazer o programa para auxiliar nossos pacientes”, explica a coordenadora Samira Abdenur. Para participar, basta deixar nome e telefone com a enfermeira chefe da unidade do bairro. Caso haja demanda, novos grupos poderão ser então formados.