logo logo

Curta essa cidade!

HUB #IÇARA

Venha fazer também a diferença!

Comunicação + Conteúdo + Conexões

Acessar

Cotidiano | 06/05/2019 | 20:56

Após 38 anos, SC registra novamente caso de raiva humana

Redação | com a colaboração do Governo de SC

Compartilhar:

Foi confirmado pelo Laboratório Instituto Pasteur o diagnóstico laboratorial de raiva para o óbito de uma paciente de 58 anos, residente em área rural do município de Gravatal, no último sábado, dia 4. Devido ao resultado das amostras encaminhadas para São Paulo pelo Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen), técnicos da Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina se reuniram com a Gerência Regional de Saúde de Tubarão e gestores das cidades próximas para a criação de uma estratégia de controle nesta segunda-feira, dia 6.

As ações envolvem a vacinação casa a casa de cães e gatos em um raio de cinco quilômetros a partir da residência da paciente, bem como busca ativa de animais doentes e mortos e orientação à população. “Além disso, se a pessoa for agredida por um cão ou qualquer outro animal, é muito importante que procure um serviço de saúde mesmo se o ferimento não for grave, pois pode haver a necessidade de tomar a vacina contra a raiva", afirma o gerente de Zoonoses da Dive, João Fuck.

Santa Catarina não registrava casos de raiva em humanos desde 1981, quando um paciente de Ponte Serrada foi vítima da doença. Já os últimos casos de raiva animal foram registrados em 2006, nos municípios de Xanxerê (um cão e um gato), Itajaí (um cão), e em 2016, em Jaborá (um cão). A vacinação de todos os cães e gatos é a forma mais eficaz de proteção contra a doença. A população de Gravatal e Capivari de Baixo podem procurar por informações mais detalhadas sobre a ação diretamente na Secretaria Municipal de Saúde.

A Dive já solicitou 10 mil doses de vacina antirrábica para o esquema de vacinação. Segundo a médica veterinária da Dive, Alexandra Schlickmann Pereira, a população deve ficar atenta ao comportamento estranho dos seus animais de estimação. “Qualquer alteração de comportamento como inquietação, aumento de agressividade, paralisias dos membros e fotofobia (medo da luz) deve ser observada e comunicada para a Secretaria Municipal de Saúde”, alerta.

A raiva é uma doença transmissível que atinge mamíferos como cães, gatos, bois, cavalos, macacos, morcegos e também o homem, quando a saliva do animal infectado entra em contato com a pele ou mucosa por meio de mordida, arranhão ou lambedura do animal. O vírus ataca o sistema nervoso central, levando à morte após pouco tempo de evolução. A raiva não tem cura estabelecida (há apenas três casos de cura conhecidos no mundo, um deles no Brasil) e a única forma de prevenção é por meio da vacina.