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Cotidiano | 02/04/2014 | 09:21

Autismo: atendimento deve ser ampliado

Especial da Agência Brasil

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A estimativa da Associação de Amigos do Autista é que, das cerca de 1 milhão de pessoas no país diagnosticadas com autismo, apenas 100 mil recebam algum tipo de atendimento. Por isso a importância do Dia Mundial da Conscientização do Autismo [2 de abril] “O diagnóstico é a parte do problema que mais ganha com a data. Os pediatras acabam percebendo e se interessando pela causa. É o ponto mais favorecido. O grande problema é que, feito o diagnóstico, a família fica sem saber para onde ir”, explica a superintendente e cofundadora da Ama, Ana Maria de Mello.

Para a presidente da Associação Brasileira de Autismo, Marisa Furia Silva, o autismo ainda é um assunto pouco abordado, sobretudo no Brasil. “A gente tem que pensar que é para a vida toda. Temos muitos adultos comprometidos hoje e a esperança é que, no futuro, isso não aconteça. O prognóstico de uma criança é muito melhor”, destaca. “Estamos em um momento em que já se tem documentos e parâmetros para o diagnóstico. Agora, temos que ter tratamento”, completa.

O autismo resulta de anomalias no desenvolvimento de certas estruturas cerebrais do feto. A descoberta faz parte de estudo que mostra uma desorganização na estrutura cerebral das crianças autistas. "Se for confirmada por outras investigações, poderemos deduzir que isso reflete um processo que se produz bem antes do nascimento", explica o diretor do Instituto Americano da Saúde Mental (Iasm), Thomas Insel. "Esses resultados mostram a importância de uma intervenção precoce para tratar o autismo, que atinge uma em cada 88 crianças nos Estados Unidos", acrescentou.

"O desenvolvimento do cérebro de um feto durante a gravidez inclui a criação do córtex - ou córtex cerebral – composto por seis camadas distintas de neurônios", precisa o diretor do Centro de Excelência em Autismo da Universidade da Califórnia (San Diego), Eric Courchesne. "Nós descobrimos anomalias no desenvolvimento dessas camadas corticais na maioria das crianças autistas", acrescenta. Os médicos analisaram amostras de tecido cerebral de 11 crianças autistas entre 2 e 15 anos e compararam com amostras de um grupo de 11 crianças não autistas.