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Cotidiano | 02/04/2018 | 18:50

Autismo: “É preciso enxergar a criança além do transtorno”

Redação | com a colaboração de Tânia Giusti, da Prefeitura de Içara

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A segunda-feira foi marcada por ações em todo o mundo em alusão a data de conscientização sobre o autismo. Em Içara, a rede municipal de ensino atende aproximadamente 40 crianças que possuem o transtorno comportamental. De acordo com a coordenadora da Educação Especial Marlene Casagrande, todos os estudantes frequentam o ensino regular. A Secretaria de Educação tem uma preocupação que vai além do autismo, que é enxergar a criança além do transtorno. Por isso, potencializamos a capacidade de cada um, para possibilitar que tenham êxito em diversas ações”, destaca.

A dona de casa Elvira Ferreira Zaccaron recebeu o diagnóstico de autismo leve do filho Pedro Dávila Zaccaron aos dois anos. Hoje o menino tem seis anos e frequenta o primeiro ano na Escola Municipal de Ensino Fundamental Paulo Rizzieri, na comunidade de Boa Vista. Duas vezes por semana ele também frequenta a Associação de Amigos do Autista de Criciúma (AMA), além de fazer terapia ocupacional e acompanhamento com fonoaudióloga. “Receber o diagnóstico é um momento difícil, porém de muita luta e aprendizado”, coloca.

“O diagnóstico inicial é decisivo, pois quanto mais cedo o tratamento e as terapias são iniciados, mais rápido os resultados virão”, conta a mãe. O menino também conta também com uma auxiliar pedagógica em sala de aula. “Não podemos pensar o autismo sem considerarmos a individualidade de cada criança, pois cada uma é única, independente da condição física ou psíquica que apresente. Sendo assim, respeitar e atender as necessidades individuais são essenciais no processo de ensino aprendizagem”, completa a secretária de Educação, Ciência e Tecnologia, Gerusa Bolsoni.

Içara possui desde dezembro de 2016 um Núcleo de Produção de materiais adaptados de acordo com a necessidade de cada aluno. Segundo a coordenadora, Maria Izabel Luiz, os materiais são elaborados a partir dos laudos médicos enviados às escolas ou de acordo com a necessidade do estudante. “Livros com pictogramas ou figuras de comunicação (PECs) são confeccionados e oferecidos aos alunos com deficiência intelectual, física e autistas”, explica. No núcleo também há a sala de estudos/recreação para o contraturno escolar.

O Munícipio também conta, desde dezembro de 2017, com uma Lei Municipal que dá prioridades para pessoas com autismo e seus familiares. Além disso, também define a inserção de placas com o símbolo mundial de conscientização, por exemplo, em supermercados, farmácias, bancos, bares, restaurantes, correios, casas lotéricas e lojas. “No autismo, a deficiência não é perceptível, e, por este motivo, muitas famílias enfrentam dificuldades nos atendimentos, por isso pensamos nesta lei sobre o atendimento prioritário”, destaca o autor, o vereador Geraldo Baldissera (PT). Outra ação de destaque é da vereadora Edna Benedet, que propõe a criação do Conselho Municipal da Pessoa com Deficiência.