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Cotidiano | 21/06/2012 | 07:49

Aventura na América passa pelo Sul

Especial do Jornal da Manhã

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O sonho da juventude se torna realidade e Manuel Ramos, de 51 anos, percorre o Brasil pretendendo passar por países da América do Sul acompanhado de sua bicicleta. Nesta quarta-feira, a passagem foi pela região de Içara. Ele partiu de Aracajú (SE), sua cidade natal, no dia 18 de abril deste ano e pretende pedalar 100 mil quilômetros até 18 de abril de 2016.

O trajeto inclui todos os estados do país e mais Argentina, Chile, Paraguai, Bolívia, Uruguai e Peru. Ramos conta com a ajuda das comunidades por onde passa e, também, das instituições públicas, que muitas vezes o acolhem para que ele descanse e passe a noite. Uma das lutas constantes é para conseguir patrocínio, já que o ciclista pretende produzir um pequeno documentário sobre a jornada.

O aventureiro relata que, durante o período em que já esteve na estrada, foi bem acolhido pelas pessoas e, apesar das dificuldades, não se arrepende de ter tomado essa decisão. “Quando tinha 17 anos, já possuía esse desejo, mas só agora tive a oportunidade de colocar em prática. Muitas vezes durmo em postos de combustível, mas em todo lugar que passo sou bem recebido por todos. As pessoas me dão comida e os caminhoneiros colaboram com peças para a bicicleta”, explica. Ele ressalta que a Polícia Civil e Militar e, principalmente, bombeiros sempre o apoiam em todas as cidades por onde passa.

A viagem precisa de muita disciplina para que as metas sejam alcançadas dentro dos prazos determinados. “Preciso percorrer de 75 a 80 quilômetros por dia para que dê tudo certo. Se por algum motivo não conseguir essa distância, no outro dia compenso pedalando mais ainda”, afirma. Na garupa da bicicleta ele transporta apenas o necessário, como cobertor, ferramentas, roupas e uma barraca.

Saindo de Criciúma, o ciclista segue para o Rio Grande do Sul e Argentina. Ele já passou por Alagoas, Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro. “Quando estou nas estradas, os motoristas me respeitam bastante, principalmente os caminhoneiros, que são meus parceiros”, conta. “Saí de casa preparado física e psicologicamente para enfrentar qualquer coisa. Mesmo se eu não conseguir patrocínios e não concretizar o documentário, essa experiência do contato com as pessoas e a receptividade das comunidades já está valendo”, se emociona. Até agora passou por muita coisa, presenciou lindas paisagens, viu acidentes e até ajudou a Defesa Civil em resgates.