Cotidiano | 02/02/2011 | 16:18
Caramujos se proliferam nas lagoas do Rincão
Especial de Amanda Tesmam, do Jornal A Cidade
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O aquecimento da água e o desequilíbrio ecológico causado pela mortandade dos peixes, registrado no ano passado nas lagoas do Balneário Rincão, em Içara, é o que pode estar contribuindo para o aparecimento dos caramujos nas lagoas do distrito. Pelo menos é uma das hipóteses da bióloga do Sistema Autônomo de Água e Esgoto (Samae), Grasiela Ramos, que acompanha o caso. Também bióloga, além de veranista, Claudete Constante, ratifica que “o fato acabou contribuindo para o aparecimento da espécie, já que eles também se alimentam de algas e como não há mais peixes, eles acabaram se desenvolvendo”.
Os moluscos que apareceram no final do ano passado, têm assustado moradores e veranistas. É que além de possuírem uma casca fina que através do contato humano acaba se quebrando e machucando os banhistas, existe o medo do caramujo ser da espécie africana, ou seja, um agente transmissor da meningite. Mas como destaca Grasiela, a população pode ficar despreocupada, pois o molusco é de outra espécie (pomacea) e não transmite doença.
“O africano é maior”, fala Grasiela. "Esses caramujos sempre foram comuns em nossa região, só que agora eles se reproduziram em maior quantidade", comenta. O molusco ainda possui um predador natural, o gavião (rostramus sociabilis), que já é possível observar na lagoa também. Em monitoramento, a Fundação do Meio Ambiente (Fatma) recolheu amostras do molusco para fazer análise. E, nas próximas semanas, o biólogo da Fundação Municipal do Meio Ambiente de Içara (Fundai), Ricardo Garcia, membros da Vigilância Sanitária e Samae devem se reunir para falar sobre o assunto.
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