Casos de sífilis aumentam em SC

A estimativa da Organização Mundial da Saúde é que 937 mil pessoas são infectadas por sífilis a cada ano no Brasil. Somente em Santa Catarina, foram registrados 1.963 novos casos 2014. Isto significa um crescimento em torno de 30% em relação aos casos notificados no ano anterior. Em 2015, 1.461 pessoas já contraíram a doença até julho. Foram também notificados 654 casos em gestantes.

O estado registrou também 248 novos casos transmitidos aos bebês somente no primeiro semestre de 2015. Trata-se de um crescimento de 43% em relação ao mesmo período do ano passado. Por isso, as mulheres grávidas requerem maior atenção no diagnóstico e tratamento da doença infecciosa sexualmente transmissível causada pela bactéria Treponema pallidum. A infecção pode provocar má formação do feto e aborto.

Quando nasce, o bebê com sífilis apresenta graves sequelas que podem variar entre pneumonia, feridas no corpo, cegueira, problemas ósseos, surdez ou deficiência mental. Se as gestantes fizerem o diagnóstico em tempo apropriado e o tratamento correto, realizado com a administração de três doses de penicilina, as chances de infecção do bebê caem consideravelmente.

O primeiro sintoma da doença é surgimento de uma pequena ferida nos órgãos sexuais, a úlcera ou cancro, além de nódulos nas virilhas aproximadamente três semanas após o sexo desprotegido com alguém infectado. A ferida e as ínguas não doem, não coçam, não ardem e não apresentam pus. Todas as pessoas sexualmente ativas devem realizar o teste. O exame pode ser feito a partir de uma gota de sangue nas Unidades Básicas de Saúde.