Cotidiano | 25/05/2014 | 15:42
Cássio, uma causa quase impossível
Lucas Lemos - lucas.lemos@canalicara.com
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Para Sônia Motta Franklin, o sonho de ser mãe se concretizou aos 42 anos. Após dois abortos nos últimos dois anos, ela ouviu de uma amiga um conselho. Deveria pedir para Santa Rita de Cássia. E assim fez em 2013 ao participar da festividade em honra a padroeira do bairro Presidente Vargas. Logo no mês seguinte a moradora de Poço Oito voltou a engravidar. E como homenagem pela graça alcançada, colocou ao menino o nome de Cássio.
"Se fosse menina seria Rita de Cássia", aponta Sônia. "No ano passado, também fiz uma promessa em silêncio para Santa Rita. Para honrar, escolhemos fazer o batismo durante a festividade deste ano", indica ao marido Vanderli, de 35 anos. A cerimônia de iniciação religiosa ocorreu no encerramento da programação religiosa neste domingo, dia 25. "O impossível nem sempre é impossível quando colocamos nas mãos de Deus e temos fé", enaltece o padre Vilmar Moretti.
A festa no Presidente Vargas foi realizada durante três dias. Na quinta-feira, Dia de Santa Rita, a capela do bairro teve missa, abertura solene da catequese, além de barracas de crepes e espetinho. No sábado, os fiéis fizeram a transladação da imagem desde Vila Rica até a comunidade, missa, jantar e a comercialização de quitutes. Neste domingo, findou então com uma nova celebração e o almoço.
CONHEÇA SANTA RITA - Nasceu em 1381 na província de Umbria, na Itália. Para atender aos desejos dos pais, casou-se com o rude Paulo Ferdinando. Ele chegou a ser convertido. Mas já era tarde de mais e acabou assassinado devido as inimizades criadas. Ao crescerem, os dois filhos decidiram vingar a morte. No entanto morreram sem revidar. Rita decidiu virar então monja agostiniana. A fé era tão intensa que na testa apareceu um espinho a coroa de Cristo que carregou ao longo de 14 anos até a morte em 1457.