logo logo

Curta essa cidade!

HUB #IÇARA

Venha fazer também a diferença!

Comunicação + Conteúdo + Conexões

Acessar

Cotidiano | 14/04/2023 | 20:21

Centro de Atendimento ao Estudante recebe 330 alunos no primeiro mês

Com os serviços de psicologia, fonoaudiologia e psicopedagogia, foram realizados mais de 450 atendimentos neste período

Redação | com informações da Prefeitura de Içara

Compartilhar:

Inaugurado para reunir os serviços de psicologia, fonoaudiologia e psicopedagogia aos alunos da rede municipal de ensino, o Centro de Atendimento ao Estudante Professora Cacilda Dajori Possamai completou um mês de funcionamento. Neste período, 330 estudantes passaram por consultas na instituição com 450 atendimentos. O número é quase metade de todo o trabalho realizado ao longo de 2022. Por isso, a expectativa da Secretaria de Educação, Ciência e Tecnologia de Içara é que neste ano seja até triplicado o impacto do serviço.

“Quando encaminhados pelas escolas e CEIs, os estudantes são direcionados ao especialista do qual necessitam de atendimento. Os profissionais estudam a situação de cada um e assim trabalham em cima da dificuldade com o objetivo de melhorar o rendimento em sala de aula, de resolver problemas na fala e também dos problemas de caráter psicológico. Em muitos dos casos, as crianças apresentam insegurança e timidez, ficando mais retraídas. Com o tempo, isso pode afetar até na vontade de ir para a escola. A partir dos atendimentos, esperamos que melhorem sua condição em sala de aula e que voltem a ter mais confiança e segurança em si mesmos”, explica a coordenadora do Centro de Atendimento ao Estudante, Liliam Tezza Budny.

A equipe técnica também foi ampliada para o suporte necessário. A estrutura conta com três psicólogos, dois fonoaudiólogos e quatro pedagogos. Eles atendem os alunos encaminhados pelos professores das escolas ou creches, geralmente, no contraturno das aulas. No total, são 17 colaboradores. O espaço também abriga o Núcleo de Produção de Materiais Adaptados, que utilizam ferramentas para adaptar os materiais didáticos utilizados em sala de aula para os estudantes que tenham baixa visão ou algum tipo de dificuldade de aprendizagem.

Importância

Karina Scabbach Ferreira é mãe de gêmeos, Raul e Diogo, que frequentam as consultas com os profissionais há quatro anos. “Eles vêm até aqui desde a época da creche para se consultarem com psicólogo e fono. É um trabalho fundamental, porque, pelos meus filhos, a evolução foi 100 por cento”, destaca a içarense. Os dois tinham dificuldade no aprendizado. Como nasceram prematuros, tiveram atraso na fala e na coordenação motora, sem conseguir segurar o lápis. “Já até começaram a ler e escrever. Nesta semana, receberam uma nota nove em português. Estamos muito contentes”, atesta.

Avaliações

De acordo com Fernanda Batista, uma das psicólogas do Centro de Atendimento ao Estudante, o primeiro passo é receber a indicação da escola. “Procuramos entender se eles estão com falta de atenção, concentração, ou apresentam muita agitação. Avaliamos a questão emocional e comportamental. Vamos em busca de saber o que está causando esses problemas, qual a história dela e tudo o que está envolvido. Depois de levantarmos todas essas informações, fazemos o diagnóstico”, explica.

“Com os mais novos, menores de seis anos, dificilmente eles conseguem expressar bem o que estão sentindo, então fazemos brincadeiras que refletem os pensamentos. Já com os pré-adolescentes conseguimos fazer mais conversas. O primeiro atendimento sempre é com os pais, e depois com os alunos. E sempre damos o feedback das consultas para a família”, informa.

Já na sala de Atendimento Educacional Especializado (AEE) é trabalhada a estimulação visual, cognitiva e motora. “Também fazemos atividades de vida diária, para darmos autonomia aos alunos com deficiência visual. É o caso do Pedro, de 11 anos, que não possui visão. Trabalhamos a mobilidade com a bengala e atividades rotineiras, como tomar um café, se servir, lavar e secar a louça... E ainda exercitamos o braile”, sublinha a pedagoga Keila Borges.

A profissional também atende a deficiente visual Ana Júlia, de 18 anos, que já concluiu o ensino médio. Como a jovem tem planos de ingressar na faculdade de Psicologia neste ano, ela continua frequentando o espaço para auxiliar a preparação rumo à universidade. “Se podemos contribuir, por que deixar de atender? Em conversa com a coordenadora, decidimos continuar prestando essa ajuda. Torcemos muito por ela”, salienta.

Futura parceria com o Estado

Em breve, os estudantes da rede estadual também poderão frequentar o espaço em parceria com o Governo de Santa Catarina. “Este é um trabalho valioso e necessário quando nosso principal objetivo é oferecer educação de qualidade para todos. Para alcançá-lo é necessário o investimento em ações que promovam a igualdade e a equidade. Estamos muito felizes com esse avanço e trabalhando para estabelecer formalmente a parceria com o Governo do Estado no sentido de legalizar também o atendimento para alunos içarenses estudantes das escolas estaduais localizadas no município”, conta a secretária de Educação, Ciência e Tecnologia, Rose Margareth Reynaud Mayr.