Cotidiano | 05/06/2012 | 09:12
Chuva minimiza efeitos da estiagem
Especial de Altair Magagnin, do Jornal da Manhã
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O volume de chuvas dos últimos dias minimizou os impactos, mas não resolveu o problema, de acordo com o coordenador regional da Defesa Civil, em Criciúma, Rosinei da Silveira. “Os prejuízos são econômicos, para a agricultura e pecuária. Estes são irreversíveis: o que se perdeu, se perdeu. A chuva agora é importante para a recuperação, o replantio, que está sendo realizado mediante apoio financeiro prestado pelo governo”, pontua.
Na Região Carbonífera, os municípios de Criciúma, Cocal do Sul, Forquilhinha, Içara, Siderópolis e Urussanga decretaram situação de emergência. A medida tem validade de 90 dias, e para alguns municípios já está próxima de expirar. “A situação está sendo avaliada em cada detalhe”, ponderou.
Na agricultura a chuva traz um pouco de alívio. “Molhando o primeiro metro do chão já é o suficiente para as lavouras”, aponta o climatologista da Epagri, Márcio Sônego. Segundo ele, a média histórica de chuva do mês de junho é 82 milímetros. Nestes primeiros quatro dias do mês, já choveu 36 milímetros.
Entretanto, algumas situações são irreversíveis, como a pastagem para o gado. Nestes casos, a chuva chegou tarde, lamenta Sônego. A próxima colheita da banana também deverá registrar prejuízos, de acordo com o engenheiro agrônomo da prefeitura de Criciúma, Fernando Lock Silveira. “A floração aconteceu na época da seca forte, isso prejudicou a reprodução. As plantas que deveriam estar com dois metros de altura, têm apenas um metro. Daqui um ou dois meses, quando será realizada a colheita, é que o agricultor perceberá o prejuízo”, antecipou.
BARRAGEM - A chuva das últimas horas aumentou em 10 centímetros o volume da água na barragem do rio São Bento. Conforme o superintendente regional Sul/Serra da Casan, Vilmar Bonetti, antes da chuva a barragem chegou a ultrapassar os seis metros abaixo do nível do vertedouro. A intensidade da chuva dos últimos dias fez o nível subir dois centímetros a cada oito horas. “Nesses padrões seriam necessários 15 dias de chuva para recuperar. O volume foi pequeno, mas é melhor que nada. No interior, a situação dos poços melhorou, mas ainda é muito pouco”, determinou Bonetti.
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