Clube Esperança fica sem lugar

O Clube Esperança da Melhor Idade está em atividade desde 1998 no Salão Paroquial da Igreja Nossa Senhora dos Navegantes. Atualmente com 57 membros, se reúnem todas as quintas-feiras em encontros dançantes, recebendo inclusive grupos semelhantes de outras cidades do estado em encontros de confraternização. Mas na última quinta-feira, dia 5, foi diferente. É que ao chegar, a presidente do grupo, Maria Fraga, encontrou o local com as portas fechadas. “Fomos expulsos sem explicação nenhuma. Inclusive trocaram as fechaduras”, reclamou Maria. Segundo ela, a maior preocupação é com o encontro regional, que acontecerá na próxima semana. “Pagamos uma taxa anual e outra taxa pelos eventos que realizamos. Não é justo simplesmente fecharem as portas sem nem ao menos um aviso prévio”, desabafou.

Segundo o Padre Eloir Borges, Pároco da Paróquia São Miguel, o motivo do fechamento do salão foi o não comparecimento de nenhum membro do Clube Esperança nas reuniões. Segundo o padre, Maria Fraga foi convidada a participar de uma reunião na última segunda-feira, dia 2, onde seria tratada a situação do salão, porém não compareceu. “Já marcamos três reuniões, e ficamos esperando por ela, porém ela não compareceu”, explica o pároco. “Pode-se dançar e se divertir, desde que seja de graça, e dentro do estatuto da Igreja”, comentou Eloir, referindo-se a taxa cobrada para entrar nos encontros realizados pelo Grupo Esperança.

Outro problema que levou o fechamento do Salão, segundo o padre, foi o aumento dos gastos. “Mesmo pagando uma taxa anual, o custo do salão ainda está saindo alto para a igreja”, enfatizou Eloir. De acordo com ele, além do aumento da conta de energia, o Ecad, que defende os direitos autorais dos compositores por suas obras, procurou a paróquia para cobrar a taxa em relação às músicas que são tocadas nos bailes. “Por isso precisamos sentar e conversar. Fugir do assunto não levará a nada”, sugeriu.

Em relação ao encontro já programado para a próxima semana, o Padre Eloir não descarta que ele venha a acontecer no salão. “Estamos esperando que os representantes do clube Esperança venham conversar conosco. Enquanto isso não acontecer, as portas do Salão Paroquial continuarão fechadas”, lançou Eloir, acrescentando que o Salão pertence à Paróquia, e não a comunidade, como é o caso do Centro Comunitário. “Conversamos com o presidente do Centro Comunitário Nilton Manoel Cardoso que nos garantiu o espaço naquele salão para os encontros semanais”, revela Maria acrescentando que não reclama da decisão que foi tomada, mas sim pela maneira como foi feita.


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