Cotidiano | 28/03/2011 | 13:52
Colônia Z-33 teme prejuízo por mineração
Adriano Ghellere - adriano.ghellere@canalicara.com
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O Conselho da Área de Preservação Ambiental da Baleia Franca é contra a exploração calcária na Lagoa do Camacho. Segundo o integrante do grupo e presidente da Colônia de Pesca Z-33, João Picollo, foi quase unânime a rejeição da atividade. Dos 20 integrantes, 15 votaram contra a mineração.
“Sabemos da importância desta Área de Proteção Permanente (APP) aos pescadores que dela sobrevivem e, principalmente, ao meio ambiente”, ressalta ele, com medo da atividade refletir prejudicar os pescadores do Rincão que atuam na mesma região. A votação ocorreu em reunião na noite da ultima sexta-feira, dia 25. Entre os contrários, se manifestaram representantes da Policia Ambiental e demais órgãos ambientais.
Ainda segundo João Picollo, a empresa Cisy Mineração alega aos órgãos ambientais que para manutenção da barra, é preciso minerar. Contudo, o entendimento da maioria dos conselheiros é que a exploração mineral poderia acabar com o ecossistema dos peixes e crustáceos daquela região. Ele ainda acusa que a Colônia de Pesca Z-21, de Jaguaruna, está contribuindo com a mineradora devido a “uma espécie de divida”.
“Com o lago mais profundo, a reserva de pescado se torna maior em época de escassez. São refúgios permanentes de várias espécies garantindo sustento aos pescadores da colônia. Vamos buscar reverter esta situação e entrarmos na justiça para liberação das atividades da empresa junto ao local”, se defende Domingos Santana. A Colônia Z-21, presidida por ele, atua nos 2,8 mil hectares de área utilizada na lagoa para a atividade da pesca de 465 pescadores.