Lucas Lemos [Inoova Comunicação]
Cotidiano | 23/05/2019 | 11:11 - atualizada às 15h56
Com corte de recursos a partir de junho, Maternidade terá descontinuidade em Içara
Redação | com a colaboração de Lucas Lemos, da Inoova Comunicação
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A partir de 1 de junho o primeiro choro de dezenas de crianças não ocorrerá mais no Hospital São Donato de Içara. Além da descontinuidade do setor devido ao desequilíbrio financeiro sem a garantia de repasses do Estado, a possibilidade de ativação da Unidade de Terapia Intensiva tornou-se mais distante sem o custeio integral de R$ 440 mil diante da proposta, atualmente, de R$ 260 mil. Pelas dificuldades, um plano para contenção de despesas foi avalizado pelo Conselho Deliberativo da fundação filantrópica e apresentado aos colaboradores nesta quinta-feira, dia 23.
"Com dificuldade, o Estado garantiu ontem o pagamento dos R$ 150 mil mensais da Maternidade até maio, entretanto, romperá o repasse a partir de junho que estava contratualizado até dezembro. Além da Maternidade, precisaremos reduzir o tamanho do HSD. E o corte impactará também nos atendimentos. O momento é de readequação a nova realidade", indica o diretor-administrativo, Júlio César De Luca. Ao todo, a descontinuidade da Maternidade representará R$ 161,1 mil a menos nas despesas e outros R$ 90 mil serão cortados com a diminuição ou até a extinção de serviços como a ortopedia. Contudo, será preciso cobrir ainda R$ 442,5 mil das rescisões.
Em nota à imprensa, a Secretaria de Estado da Saúde informou que foi acertado em comum acordo com a direção do Hospital São Donato o pagamento de R$ 300 mil em maio, o que já foi realizado, e os demais em parcelas nos meses de junho e julho. “Esses valores são referentes às dívidas de 2019. A SES vem honrando o compromisso mantido com o HSD não havendo motivo para o prejuízo aos serviços destinados à população”, contrapõe o comunicado.