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Cotidiano | 19/08/2013 | 16:57

Comunidades bloqueiam acessos

Especial de Djonatha Geremias, do Jornal da Manhã

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Entre R$ 2 mil e R$ 3 mil é o valor que o vigilante Luciano Silvano Gonçalves gasta por ano para consertar o carro, que usa diariamente a trabalho. Morador da Barra Velha há 32 anos, no Balneário Rincão, ele afirma que o principal causador de danos ao automóvel é o estado de conservação da rodovia ICR-353. “Eu acompanho as reuniões da comunidade sobre o problema, e a sensação que eu tenho é de que somos enrolados pelos administradores públicos”, lamenta. Por isso, ele e outras dezenas de moradores da comunidade resolveram fechar a rodovia na manhã desse sábado, em protesto.

A sensação descrita pelo vigilante é confirmada pelo presidente da Associação de Moradores, Antonio dos Santos Sebastião. Segundo ele, há um desencontro de informações que deixa a comunidade em desalento. “Há três anos nos deram uma esperança e até agora apenas uma parte da ICR está pavimentada. Amenizou o problema, mas não resolveu, porque continuamos com os mesmos problemas”, aponta.

“Sou morador e comerciante da Barra Velha há 20 anos. Quando vim para cá, já existia essa luta da comunidade. Depois que me tornei vereador, já procuramos a Casa Civil, a SDR e a prefeitura do Rincão, mas nada se resolve”, comenta o vereador Mauri Viana. Na comunidade, residem aproximadamente 600 pessoas, população que aumenta na alta temporada.

O convênio para pavimentação da ICR-353, que é uma rodovia municipal, começou na última gestão, em parceria com o Governo do Estado. Segundo o secretário regional Luiz Fernando Cardoso, o município de Içara, até então responsável pelo Balneário Rincão e Barra Velha, deveria dar o valor de R$ 1 milhão para a pavimentação, e o Governo do Estado mais uma quantia de custo aproximado. Com o primeiro repasse, parte da rodovia começou a ser pavimentada, mas pela falta da contrapartida do Município, as obras pararam.

“Agora, os municípios de Içara e Balneário Rincão precisam se entender. Assim que isso acontecer, o governo continuará disposto a continuar o processo, repassando ainda R$ 254 mil para finalizar. O convênio está sendo analisado pela Casa Civil, para ver como se configura a legalidade da ação, já que houve a emancipação do Rincão”, explica Cardoso. O prefeito de Içara, Murialdo Gastaldon, avalia que com a emancipação não há responsabilidade por parte do município. ”Não vamos pagar nem um centavo para pavimentação de rua no Balneário Rincão”, coloca.

“Apesar dos esforços da SDR, os convênios ainda não foram reativados e isso nos preocupa, já que são recursos governamentais que ainda não cumpriram com os objetivos. Viemos buscar solução jurídica para dar continuidade a esses projetos, que são tão fundamentais para o município”, ressalta Décio Góes, prefeito do Balneário Rincão. O assunto chegou a ser alvo de reunião entre Góes e o governador do Estado, Raimundo Colombo, no final do mês de abril.

TRÊS RIBEIRÕES - Moradores do bairro Nossa Senhora de Fátima, em Içara, bloquearam a rua Linha Três Ribeirões, que fica próxima ao posto da Polícia Militar Rodoviária, tendo como principal problemática os buracos. “Estou sempre tendo que consertar o carro porque ele vive caindo nos buracos da rua. Além disso, por aqui passam carretas, caminhões e vários ônibus em linhas diárias. A poeira invade não só as casas de quem mora na rua, mas nas residências das proximidades”, relata um dos moradores, Leonardo Machado, residente da Linha Três Ribeirões há 22 anos.

Segundo Gastaldon, o projeto para pavimentação da rua já foi licitado e a empresa contratada, mas, no entanto, ela trabalha em outra via do mesmo bairro. “Tão logo a empresa acabar aquela rua, que é perpendicular a esta que foi bloqueada, a empresa licitada começara a pavimentação na Linha Três Ribeirões”, garante o prefeito.