Conforme Vanderlei Zanetta, ações judiciais poderiam ter sido evitadas

Afastado inicialmente por 60 dias, o advogado Vanderlei Zanetta se considera vítima de assédio moral no Paço Municipal. Segundo ele, o processo administrativo é uma forma de intimidar a atuação do procurador até então humilhado. “Sempre fui afastado das discussões internas. Nunca conversaram comigo sobre qualquer assunto relevante. Sou efetivo e nem mesmo para os cursos sou convidado. Meu trabalho é proteger o Município. Estou com a consciência tranquila”, relata.

“O Município alega que foi prejudicado em razão da não vinda da empresa Cimolai, ao qual dizia que era uma empresa italiana, mas no bojo do processo, comprovei que era uma empresa brasileira sediada em São Paulo com capital estrangeiro, por isso, precisaria de autorização do Governo Federal. Demonstrei isso. Mandei tanto para o prefeito quanto o procurador recomendação para a conversão da doação do terreno em concessão. Me orientaram a fazer o que cabia a minha consciência”, indica.

No caso do leilão de imóveis, Vanderlei também se manifesta contrário devido a relevância em que avalia ter a área para a cidade, mas afirma que não se opõe a construção de um novo Paço Municipal. “Foi desapropriada para que houvesse uma praça pública e houve o início da construção do Complexo Cultural. Quando o município precisar de um imóvel no futuro, teremos que comprar”, coloca. “Se eu tivesse oportunidade, estas ações não teriam sido levadas ao Judiciário”, acrescenta.

Além das ações judiciais contra a doação de imóvel à Cimolai e o leilão de terrenos, contra Vanderlei é atribuída fraude nas peças assinadas pela filha, inclusive, com a comunicação à Ordem dos Advogados do Brasil. “Ela já me ajudava desde os tempos da faculdade. Não posso contratar outro advogado. Peço para que ela faça”, contrapõe. O processo interno também deverá apurar se houve atendimento de particulares em horário de expediente como servidor público. “Isso não acontece”, pontua.