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Cotidiano | 10/01/2023 | 09:47

Conheça os perigos, origem e comportamento das águas-vivas

Professora da Unesc responde principais questionamentos sobre o tema

Especial de Décio Batista, da Unesc

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Os dias de sol são propícios para a diversão na praia e momentos de refresco no mar, especialmente no período de férias escolares com famílias inteiras aproveitando a beira mar. Com o aquecimento da água no litoral, os dias de verão são chamarizes também para a chegada de animais marinhos que se reproduzem nesta época. É o caso das águas-vivas, que em certos dias invadem as praias brasileiras.

Para explicar o que são essas espécies, como identificar esses moluscos no mar e o que fazer caso alguém sofra queimaduras devido ao contato com as águas vivas, a professora e bióloga da Unesc, Mainara Figueiredo Cascaes, responde os principais questionamentos pertinentes.

O que são águas-vivas?

Conforme Mainara, as águas-vivas fazem parte de um grupo animal que recebe cientificamente o nome de cnidários. Eles têm por características serem organismos urticantes, ou seja, todos os cnidários, incluindo águas vivas, caravela corais, possuem uma célula especializada, que no seu interior armazena uma substância e em contato com a pele de outros animais vai causar uma sensação de queimor, mas na verdade é uma toxina.

É uma substância tóxica que esses organismos possuem para utilizar na captura de presas e também estratégias de defesas. Apesar de costumeiramente chamarmos de queimadura, o banhista que tem contato com uma água-vida, na verdade passa por um envenenamento. A toxina em contato com a pele vai causar uma sensação de queimor.

Qual a origem destes animais?

Esses animais vivem no ambiente marinho, sendo que existem cnidários ao longo de toda a costa brasileira. No período do verão, quando acontece o aquecimento das águas mais próximas à praia, há uma tendência desses animais responderem positivamente a essa mudança, devido a temperatura mais elevada atrair cardumes de peixes.

Outra coisa que pode gerar com o aquecimento da água, que na ciência se chama de blooms populacionais, é o aumento da taxa reprodutiva desses animais. Segundo Mainara, a proliferação desse animal marinho coincide de tempos em tempos com o aumento da temperatura da água do mar.

Quais as espécies que são encontradas em nosso litoral?

Há várias espécies na região. “São organismos diversificados e conseguimos reconhecer pela própria fisionomia delas na água, algumas são mais transparentes, outras têm cores mais vibrantes, como azuladas ou rosadas. São todas espécies diferentes e é importante que tanto dentro, quanto fora da água, não se toque na parte de baixo desses organismos, parte na qual estão os tentáculos, de onde sai a substância tóxica”, indica a professora.

O que fazer ao se deparar com o contato?

Apesar de todas as espécies possuírem essa toxina, algumas vão ter ação mais intensa, outras mais leves. O envenenamento varia muito, realmente de animal para animal. Por isso que existem acidentes que causam mais dor e em outros momentos o sofrimento é menor. É importante durante o processo, ao ter contato com esses animais, que se tome algumas providências. Mainara cita:

1. Fazer raspagem dos tentáculos que podem ter ficado na pele. Quanto mais esses tentáculos encostarem na pele, maior a taxa de envenenamento.
2. Não lave a região afetada com água doce, o ideal é utilizar a limpeza com a água do mar mesmo.
3. Não fazer a aplicação de nenhuma substância como: pasta de dente, sal ou açúcar e evitar aplicar protetor solar em cima e muito menos urina.
4. A única substância que pode ser utilizada no local afetado é o vinagre. Após a aplicação do líquido, não se exponha ao sol.

Uma boa alternativa também é ir aos postos dos guardas-vidas, onde estão preparados para realizarem os procedimentos citados.