Conselho avaliza ações no São Donato

Empréstimo, auditorias, venda de automóvel e, ao final do ano, uma perspectiva orçamentária que, numa hipótese mais otimista possível, tenha sobra de até R$ 463 mil. Uma série de liberdades foi concedida aos administradores do Hospital São Donato. As medidas apresentadas como emergenciais tiveram o aval dos conselheiros deliberativos na manhã desta segunda-feira, dia 16. Foram quase duas horas de reunião na sede da fundação social.

Já em atividade, Rosineide Ghizoni de Oliveira teve o nome aprovado para a direção administrativa e médico Leandro Vieira de Souza para a direção técnica. O encontro também determinou que o Conselho Deliberativo realize assembleias em todas as primeiras segundas-feiras de cada mês a partir das 9h. Estes foram alguns dos pontos de maior facilidade na construção da ata.

A discussão foi maior quanto a finanças. Até R$ 1 milhão poderão ser obtidos em empréstimos com o teto do juro igual ao da Poupança e prazo para pagamento de dois anos. A disposição deste recurso já é tratada entre empresários. Parte do valor servirá para quitar débitos atrasados, entre eles, do INSS. “Este dinheiro possibilitará mais agilidade em ações emergenciais”, ratifica o tesoureiro Edmilson Zanatta.

A falta de um balanço financeiro e patrimonial também é apontada como ponto de dificuldade pela diretoria. O detalhamento das contas do exercício fiscal anterior não foi apresentado conforme determina o estatuto. Uma auditoria chegou a ser realizada, contudo, o resultado não ficou na instituição. “A Promotoria Estadual está com este documento. Vamos fazer um requerimento para ter acesso”, relata o presidente do grupo deliberativo, Pedro Piazza. Em paralelo acontecerá a auditoria dos últimos 10 anos. “Isto ajudará a entender os números atuais”, considera o presidente do hospital, Higino Giassi.

O próprio estatuto também coloca a necessidade do levantamento patrimonial. A última relação dos pertences foi criada em 2002. Na elaboração da nova lista a dúvida é quanto a inclusão do Fiat Uno 2008 da entidade. O veículo poderá ser alienado para reduzir os custos do HSD. “Isto não significa que vamos vendê-lo de imediato. Faremos um estudo sobre a necessidade do automóvel. Para isso o uso agora está controlado. Continuaremos com um Saveiro”, amplia Higino.

FILANTROPIA – Apresentado fora do prazo, desde novembro de 2009 a Fundação Hospitalar de Içara aguarda uma resposta do Ministério da Saúde sobre a filantropia da entidade. Por conta desta indefinição as finanças aparecem também em insegurança. É que se a filantropia não for reconhecida, a dívida com a contribuição patronal acabará elevada em quase R$ 15 milhões. O assunto deverá ser tratado diretamente em Brasília.