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Cotidiano | 23/03/2013 | 09:57

Crescem os casos de tuberculose

Especial de Amanda Tesman, do Jornal da Manhã

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Tosse por mais de três semanas, com ou sem catarro, febre baixa, suor noturno e perda de peso. Sabe o que esses sintomas indicam? Tuberculose. Em Criciúma, De acordo com o coordenador da vigilância epidemiológica, Paulo Hansen, incidência da doença é alta. A média era de 95 casos por ano. Mas em 2012 o número subiu, foram ao todo 108 pessoas contaminadas na cidade.

A tuberculose é uma enfermidade respiratória infecto-contagiosa causada pela bactéria bacilo de koch. O cortador e árbitro, Manoel Tomas sentiu os malefícios causados pela doença. O forte cansaço, febre e tosse estavam afetando no desempenho do trabalho. “Eu não tinha força para ir trabalhar, tinha muita tosse, febre e suava frio”, recorda. Diante dos sintomas, ele resolveu procurar ajuda médica.

“Quando soube da doença, fiquei feliz, pois sei que tem cura, mas ao mesmo tempo fiquei triste porque teria que me afastar das coisas que eu gosto”, comenta. Nos casos de tuberculose pulmonar, o tratamento dura seis meses. Todos os dias as agentes de saúde levam os remédios na casa dos próprios pacientes.

A visita dos profissionais serve para garantir de que o tratamento está sendo feito. “Realizamos o tratamento direto de observação. Todos os dias, inclusive nos finais de semana, os agentes comunitários visitam os pacientes para garantir o cumprimento do tratamento até a cura total da doença. É o único município da região que faz desta forma. Assim temos a certeza de que o tratamento está sendo seguido. Isso nos vem trazendo ótimos resultados”, ressalta Hansen.

Em tratamento há três meses, Tomas já sente os bons resultados. “Já me sinto bem melhor, não sinto mais nenhum dos sintomas de antes. Quando descobri a doença eu estava com 58 quilos, hoje estou com 62. Mas sei que o tratamento é longo e que se eu não tomar o remédio por um dia posso acabar com todo o tratamento que fiz até agora. Muitas pessoas têm a imagem de que a doença não tem cura, mas ela tem, basta fazer o tratamento certo”, comenta. O medicamento é distribuído gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde.

A doença é transmitida pelo contato direto com as pessoas contagiadas. Hansen afirma que aproximadamente 30% da população contraem a bactéria, mas não desenvolvem a tuberculose. Para evitar o contágio, o coordenador passa algumas recomendações.

De acordo com ele, as pessoas têm que dar preferências a lugares arejados, bem iluminados e sem aglomeração. “Para adultos não tem forma eficaz, somente tomar os cuidados necessários. As pessoas devem observar os locais que frequentam, procurando ambientes arejados e iluminados, evitando aglomerações. Para as crianças com até quatro anos é oferecido vacina, que protege dos casos mais graves de tuberculose”, comenta.

A baixa imunidade é um dos fatores que contribui para que a enfermidade se desenvolva. Os casos mais frequentes são registrados entre usuários de droga e portadores de doenças crônicas “Por causa da baixa resistência eles acabam sendo pessoas mais vulneráveis”, observa. “A cidade tem características decisivas para que os índices sejam mais alto do que esperamos por ser um pólo regional. As áreas de vulnerabilidade social, a grande incidência de usuários de drogas, moradores de rua e portadores do HIV favorecem ao aumento do número de pessoas que desenvolvem a doença”, explica Hansen.

Segundo o coordenador, os casos de tuberculose pulmonar são os mais comuns, mas a doença também pode atingir rins, estômago, olhos, ossos e cérebro. Nos último caso, o tratamento pode durar de nove meses a um ano.



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