De Lucas festejam chegada ao Sul

Viúvo e com seis filhos, Paolo De Luca decidiu imigrar-se da Itália para o Brasil na tentativa de fugir da crise econômica e do surto de cólera que dominava o país. Ao cruzarem o Atlântico, encontraram no Vale do Araranguá um local para ficar. Primeiro, organizaram-se num acampamento onde fica atualmente a cidade de Urussanga. Depois, fizeram as primeiras casas. Logo, tornaram-se necessários alguns serviços. Foram construídas então escolas, igrejas e hospitais. Desde a chegada ao Sul de Santa Catarina, são 130 anos que, conforme a historiadora Derlei Catarina De Luca, reflete ainda o tempo de colonização de cidades como Içara e Criciúma.

Para comemorar as décadas passadas em Santa Catarina, a família reúne-se neste domingo numa festa. Além das 130 anos na região, os De Luca também marcam 10 anos da associação formada entre os descendentes da família. E, pela primeira vez estarão juntos ainda dos primos argentinos. O evento no Centro de Eventos Sisos Hall, em Criciúma, iniciou às 11h com a apresentação do Coral do Morro Estevão. Para após o almoço, a sobremesa preparada trata-se de um show musical. E o complemento da programação tem ainda café, bingo, mora, canastra e dominó.

Ainda que distantes, os De Luca acompanham o crescimento da família. O elo se faz por um informativo semetral que circula desde a primeira festa e já completou 24 edições. “O melhor de ler uma publicação da família é a oportunidade de descobrir os anseios dos nossos parentes. Cada edição, cada artigo é uma chance de se informar e se inspirar. A função do informativo impresso ainda é importante para nossa associação. Ele chega a pessoas que não tem acesso à comunicação eletrônica”, explica a presidente da Sociedade da Família De Luca, Raquel De Luca Maccarini.