Dia para celebrar a arte da dança

Para Valuci Mendes a dança representa a realização de um sonho de infância. “Nasci e passei a adolescência em uma comunidade pequena, onde a única oportunidade de ter aulas regulares de dança era paga e demasiadamente cara em relação ao poder aquisitivo familiar na época”, ressalta, aos 27 anos, como aluna de uma das oficinas da Fundação Cultural de Içara.

“Faço as aulas de balé clássico há cinco anos e parece que foi ontem que eu entrei. Todo o aprendizado gerido me faz querer a cada dia aprender mais. Hoje faço faculdade de Educação Física, pois pretendo ter a dança enquanto profissão e penso que esta graduação seja o caminho para tal realização”, afirma Barbara Ferreira.

No caso de Lidiane Frello, a dança já virou uma atividade profissional. “A pergunta que sempre me faço é porque eu tenho que ficar parada? A dança evoca a minha felicidade. Os momentos que passo sem dançar são momentos desperdiçados”, conta. “Muitas vezes penso em parar, mas gostaria que para cada pessoa que desistisse da arte, duas seguissem em frente”, diz.

O Dia da Dança foi criado em 1982 pelo Comitê Internacional da Dança (CID) da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco). A data é uma homenagem ao nascimento de Jean-Georges Noverre, um mestre do balé francês

"Acreditamos que a dança pode mudar a vida do indivíduo a entendê-la como fator transformador de uma sociedade”, considera o presidente da Fundação Cultural de Içara, Daniel Loch. Mais de 250 alunos fazem parte atualmente das oficinas. Entre as opções há balé clássico, danças urbanas e dança contemporânea.

A Fundação Municipal de Esportes também desenvolve o projeto Içara em Movimento. São mais de 800 mulheres em 22 bairros. Há também aulas de dança africana, açoriana, italiana e polonesa nas escolas José Fernandes Silveira, Paulo Rizzieri, São Rafael, Maria Barcelos Puzinski, Ignácio João Monteiro e Maria Arlete Bittencourt Lodetti. O projeto da Secretaria Municipal de Educação atende mais de 120 alunos.