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Lucas Lemos [Canal Içara]

Cotidiano | 09/07/2015 | 07:30

Doença renal pode provocar demência

Especial de Daniel Mello, da Agência Brasil

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Experimentos feitos pelo Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo estabelecem relação entre doença renal crônica e a demência. O estudo feito em ratos indicou que as complicações nos rins tendem a causar inflamações neurais. “A neuroinflamação em dado momento leva a esse desajuste da proteína klotho, que tem uma relação no sistema nervoso”, explicou o coordenador Cristóforo Scavone.

A proteína klotho regula o fosfato e a vitamina D no organismo. A redução dessa substância, causada pela inflamação crônica, é apontada no estudo como responsável pelos problemas cognitivos. Os testes foram conduzidos em 40 ratos que tinham a insuficiência renal induzida pela retirada de um dos órgãos. Em seguida, a capacidade cognitiva dos animais era medida por testes comportamentais.

“No paciente, a história é mais ou menos parecida”, diz o professor. Ele pondera, no entanto, que existem algumas diferenças. A falta da proteína klotho tende a desregular a quantidade de fosfato, elemento que já é associado, em outros estudos, ao envelhecimento. “Na verdade, o que ela indica é que esse modelo de envelhecimento pela klotho está muito associada à concentração de fosfato”, enfatiza.

A pesquisa foi motivada pela observação do elevado percentual de casos de demência em pacientes renais. O professor defende que durante o acompanhamento dessas pessoas seja dada atenção aos níveis de fosfato e klotho. Para ele, uma das formas de reduzir a ocorrência desses problemas mentais é a prática de exercícios. “O exercício físico desafia [e torna possível a reação do] organismo”, ressalta.