Economista recomenda reserva contra crise

A reserva de dinheiro para emergências é uma opção para enfrentar o aumento do desemprego, da inflação e, consequentemente, da inadimplência. A avaliação é da economista-chefe do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) Brasil, Marcela Kawauti. “É preciso antecipar um futuro não muito bom e fazer uma reserva financeira”, alerta. A recomendação é, por exemplo, reduzir a frequência em restaurantes. “Privilegie as compras à vista. Se não tiver dinheiro, espere dois ou três meses economizando”, sugere.

Outro passo para evitar a inadimplência é trocar dívidas mais caras por mais baratas, como tomar crédito consignado para pagar o cartão de crédito. “Do mesmo jeito que o consumidor pesquisa os preços de uma geladeira antes de comprar, precisa pesquisar as taxas de juros mais adequadas”, destaca a economista. Outra solução é fazer a portabilidade de crédito, ou seja, levar o empréstimo de um banco para outro que ofereça taxas menores. Já para quem caiu na lista dos inadimplentes, a solução é renegociar a dívida, começando pelas mais caras.

De acordo com o SPC Brasil, mais de 2 milhões de brasileiros entraram para a lista de inadimplentes entre dezembro de 2014 e maio deste ano. “É como em uma ladeira, você não consegue frear com tudo para poder voltar a subir. A velocidade da queda é forte. Por isso, só no segundo semestre do ano que vem para ter alguma melhora”, diz. A economista acredita ainda que a inadimplência não deve aumentar descontroladamente este ano, porque os bancos estão emprestando menos.