Cotidiano | 12/09/2009 | 14:27
Emagrecer depende do cérebro
Lucas Lemos - lucas.lemos@canalicara.com
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Uma pesquisa realizada por 13 pessoas, na Unesc, poderá resultar numa importante descoberta para o combate à obesidade. Isto porque o grupo inibiu uma molécula que atua no hipotálamo – parte do cérebro responsável por regular processos metabólicos e autônomos. E com isso, reduziu o apetite e o peso dos ratos utilizados como cobaias.
Mas, a técnica empregada nos animais não pode ser utilizada em pessoas por ser agressiva, necessitando também de uma cirurgia. “O próximo passo é pesquisar estes medicamentos, nutrientes e compostos bioativos de alimentos que possam contribuir para o tratamento da obesidade no ser humano”, explica a acadêmica içarense Gabrielle Da Luz.
Ainda segundo a acadêmica, a descoberta mais importante já foi conseguida, que era saber se a molécula poderia ser inibida. Fato que já foi divulgado para a comunidade cientifica através do The Journal of Physiology (O Jornal da Fisiologia). E além disso, teve apresentação no 10º Congresso da Sociedade Brasileira de Alimentação e Nutrição (SBAN), realizado na última semana em São Paulo. Dentre os mais de 800 trabalhos inscritos no evento, a pesquisa sobre a obesidade ficou entre os 10 melhores.
EXERCÍCIO FÍSICO TAMBÉM REGULA O APETITE
E nquanto instrumentos não são desenvolvidos para causar o emagrecimento de forma mais ativa, a malhação ainda continua sendo uma opção. Conforme estudo publicado na Folha de São Paulo por Eduardo Ropelle, a atividade física faz o corpo gastar calorias. E além disso, induz o organismo a redução na ingestão de alimentos. O estudo feito pelo pesquisador da Unicamp tem como base a ação da insulina e leptina diretamente sobre o cérebro. Segundo Eduardo, em animais obesos, submetidos a uma dieta rica em gordura, os hormônios perdem a capacidade de regular o apetite. Já a atividade física faz o corpo retomar o controle. “O efeito dura de 12 a 16 horas”, destaca.