Emissões de mercúrio serão mapeadas

Um inventário das fontes e emissões de mercúrio no Brasil deverá ser criado como base para a minimização dos riscos de contaminação do meio ambiente. O projeto segue a Convenção de Minamata, das Nações Unidas, em 2013. O acordo tem 128 signatários e 12 ratificações. A mensagem de ratificação da convenção pelo Brasil está em tramitação no Congresso Nacional e o estudo pretende subsidiar esse processo.

O Brasil não tem fontes naturais de mercúrio, mas o metal é usado em vários processos produtivos e em produtos fabricados no país. Mas o Brasil tem apenas dados de base secundária. Esta é a primeira vez que se vai a campo de forma coordenada. O projeto tem prazo de dois anos de duração, ao custo total de US$ 2,5 milhões, sendo US$ 820 mil do Fundo Global para o Meio Ambiente.

O nome da Convenção de Minamata lembra o maior acidente de mercúrio do mundo, na Baía de Minamata, no Japão, onde uma empresa despejou toneladas de resíduos do metal e dezenas de pessoas que se alimentaram de peixes contaminados morreram. Além disso, centenas adquiriram deficiências físicas permanentes. Exposição em níveis elevados pode afetar o cérebro, o coração, os rins e pulmões e o sistema imunológico dos seres humanos.