Espelhos, grandes coringas na decoração

Espelhos estão por toda parte, mas nem parece. Simulador por natureza, a grande arte deste elemento decorativo é passar quase despercebido nos ambientes. Mesmo assim, são hipnóticos, seja na forma de um moderníssimo painel cobrindo toda a parede ou um aristocrático espelho veneziano.

Posicionados com técnica, camuflam defeitos construtivos, duplicam a iluminação e criam efeitos. Em alguns ambientes, conseguem fazer mágica, como criar a ilusão de espaço amplo em um apartamento muito pequeno. Como tudo em decoração, exigem bom senso na harmonização e cuidado com a proporção e posicionamento.

Nada mais atual do que o clima retrô dos móveis espelhados. Aparador, cômoda e mesa de centro têm o formato ideal para ser revestidos. Basta um deles, e só, para glamourizar o espaço e lembrar Hollywood dos anos 30. Mas o charme está em tornar o móvel invisível. Um aparador espelhado colocado atrás do sofá cumpre sua função sem pesar no conjunto.

Para ampliar espaços pequenos, a dica é cobrir uma parede inteira. O segredo está em posicionar o espelho de maneira estratégica, de modo que fique meio camuflado, como se tivesse sido aberta uma parede. De preferência, em uma parede lateral e não frontal à entrada. De preferência que reflita uma bela imagem de fora, como o jardim.

No banheiro, pode-se usar em toda a extensão da bancada e até o teto. Além de ser um local em que as pessoas precisam se ver bem, o recurso aumenta e enobrece o espaço, cada vez mais reduzido nos apartamentos modernos. Já no quarto, podem lembrar motel. Para preservar a intimidade, é melhor posicionar apoiado no chão e levemente inclinado.

Não há regras sobre o acabamento, a não ser o equilíbrio com o que está em torno. Molduras antigas ou moderníssimas, estilo anos 60, colonial ou renascentista, só precisam se adequar aos vizinhos. A não ser que se dispense a moldura. Se não reparou, nos ambientes mais antenados os espelhos parecem flutuar na parede.