Lucas Lemos [Canal Içara]
Cotidiano | 23/05/2022 | 10:24
Estado segue com taxa elevada de ocupação em leitos de UTI pediátrica
Painel de leitos pelo SUS mostra que, na manhã desta segunda-feira, dos 98 existentes, 96 estão ocupados
Andreia Limas - andreia.limas@canalicara.com
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Santa Catarina continua com poucas vagas de internação em unidades de terapia intensiva para atendimento a crianças. Na última semana, o Canal Içara mostrou a luta de uma família içarense em busca de um leito pediátrico para um menino de um ano e seis meses que passou por cirurgia na cabeça. A transferência de Aldo Luiz Francisco Neto para o Hospital Nossa Senhora da Conceição, em Tubarão, ocorreu na noite de segunda-feira, dia 16, após mais de 36 horas de espera.
Disponibilizado pelo Governo do Estado, o painel de leitos de UTI pelo SUS (Sistema Único de Saúde) mostra que, na manhã desta segunda-feira, dia 23, dos 98 leitos existentes, 96 estão ocupados, resultando em taxa de ocupação de 97,96%. As duas vagas são do Hospital Santo Antônio, de Blumenau, na região do Vale do Itajaí.
O atendimento pediátrico é realizado em sete regiões e regulado pelo Estado. Dessa forma, os pacientes são encaminhados para outros municípios quando não há vagas em hospitais da região em que reside.
No caso do Sul do Estado, há apenas duas unidades hospitalares com leitos pediátricos de UTI. O Hospital Materno Infantil Santa Catarina, em Criciúma, tem dois, assim como o Nossa Senhora da Conceição, em Tubarão. A maior concentração de leitos pediátricos está em Joinville, onde há 22, seguido por Florianópolis, com 20, e Blumenau, com 19.
Oferta menor em UTI neonatal
Em relação aos leitos de UTI neonatal pelo SUS, a oferta em Santa Catarina é ainda mais restrita, com 207 vagas para atender todo o Estado. Nesta segunda-feira, 200 leitos estão ocupados, incluindo os 27 da região Sul: 14 em Criciúma, oito em Tubarão e cinco no Hospital Regional de Araranguá.
De acordo com a Secretaria de Estado da Saúde, o aumento na procura por atendimento pediátrico é motivado principalmente pelas doenças respiratórias sazonais. “O Estado vem garantindo o atendimento a todos os catarinenses, seja por meio de compra de leitos na rede privada, seja por transferência para outras unidades de federação quando identificada a necessidade e viabilidade”, manifestou-se a secretaria em nota.