Cotidiano | 01/02/2011 | 15:43
Estudo avaliará evolução da esquistossomose
Especial de Carolina Pimentel, da Agência Brasil
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A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) iniciou um estudo para identificar o número de casos de esquistossomose no país. E, o trabalho deverá terminar em 2012. O levantamento prevê exames em 225 mil alunos, de 7 a 14 anos, de 542 municípios de todos os estados. Adultos passarão inclusive por ultrassonografias para saber a gravidade das lesões provocadas pela doença.
Os últimos levantamentos nacionais foram feitos em 1950 e no final da década de 70, quando entrou em vigor o programa nacional de controle da doença. Desde então, pesquisadores alegam que não é possível saber a incidência da doença no Brasil. Segundo dados do Ministério da Saúde, estima-se que existam de 2,5 milhões a 6 milhões de brasileiros infectados e 25 milhões correm o risco de contrair a doença por viverem em áreas rurais ou periferias urbanas.
Conhecida popularmente por barriga d'água, a esquistossomose é transmitida quando ovos do verme são eliminados pelas fezes humanas. Em contato com a água, os ovos liberam larvas que infectam os caramujos, hospedeiros intermediários, que vivem em água doce. Os caramujos, por sua vez, soltam as larvas que infectam o homem por meio do contato com a água.
Os sintomas são diarreia, febre, cólica, dores de cabeça, náusea, tontura, emagrecimento, hemorragia, vômitos e fezes escurecidas. A forma grave da doença pode matar. Não existe vacina contra a esquistossomose. A prevenção mais eficaz é evitar o contato com águas onde existam caramujos infectados.