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Lucas Lemos [Canal Içara]

Cotidiano | 19/10/2020 | 21:42

Estudo com Nitazoxanida aponta redução de carga viral de pacientes com covid-19

Vermifugo de baixo custo foi testado em mais de 1,5 mil pacientes

Especial da Agência Brasil

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Um estudo clínico do Laboratório Nacional de Biociências sobre o uso de nitazoxanida em pacientes na fase precoce da covid-19 demonstrou eficácia no tratamento da doença, reduzindo a carga viral das pessoas infectadas. "Significa que reduz o contágio nas pessoas que tomam o medicamento nos primeiros dias, reduz a capacidade de contágio e diminui a probabilidade dessa pessoa aumentarem os sintomas, ir para o hospital e falecer", avalia o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Marcos Pontes.

O pontapé da pesquisa foi dado com a análise de 2 mil drogas, testadas com inteligência artificial, para verificar se poderiam inibir os efeitos do vírus Sars-Cov-2, causador da covid-19 no organismo humano. Os estudos no Laboratório Nacional de Biociências chegaram a cinco drogas, que foram para uma segunda fase, que era o teste in vitro feito com células humanas infectadas. Neste teste, o fármaco nitazoxanida, que é um vermífugo muito conhecido no país, apresentou 94% de capacidade de inibir o novo coronavírus. Mais de 1,5 mil pacientes voluntários, que tinham até três dias de sintomas, foram acompanhados em sete diferentes unidades hospitalares do país.

Nesta fase, de acordo com a coordenadora do estudo clínico, Patrícia Rocco, foram feitos testes duplo cego, quando nem o paciente e nem o médico sabem qual a medicação está sendo tomada, e randomizados, quando os pacientes são distribuídos aleatoriamente em dois grupos, um que recebe o medicamento e outro que recebe um placebo. A dose oferecida era de 500 miligramas da nitazoxanida, três vezes ao dia, ou o placebo durante cinco dias. Marcos Pontes antecipa que o medicamento não pode ser usado por quem não apresenta sintomas da doença. "Não é profilático, não é para prevenção. É só depois da detecção do vírus", alerta.