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Cotidiano | 07/07/2023 | 16:46

Estudo escolar identifica níveis de ruídos em salas de aula e alerta para possíveis efeitos

Trabalho foi realizado com turmas do ensino fundamental ao ensino médio da Escola Maria da Glória Silva

Lucas Lemos - lucas.lemos@canalicara.com

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Além do impacto no processo de ensino-aprendizagem, como o barulho excessivo em sala de aula também pode interferir na saúde dos professores e alunos? Com um medidor de decibéis, os estudantes do terceiro ano do ensino médio da Escola Maria da Glória Silva foram a campo descobrir. Ao todo, visitaram 13 turmas. E, ao final, identificaram níveis de ruídos acima do recomendável - que é de no máximo 80 decibéis - em oito salas.

Os dados mais preocupantes foram constatados no ensino fundamental. A média de oito turmas foi de 88,65 decibéis, mas chegou a 95,9 em uma das classes mais agitadas. Apenas uma turma ficou abaixo do limite máximo recomendável. Já no ensino médio, as cinco turmas que fizeram parte do estudo tiveram média de 73,72. Neste nível escolar, apenas uma classe ultrapassou o limite, com 82,6 decibéis.

Conforme a professora de Biologia, Crislen Eyng, a partir dos dados computados, os estudantes trabalharam ainda os possíveis efeitos e também a comunicação interna pela prevenção.. "A Associação Brasileira de Normas Técnicas estipula o limite de 40 a 50 decibéis para as salas de aulas. Com a pesquisa, observamos médias acima de 80 decibéis. O excesso de ruído pode causar diversos problemas de saúde como o estresse, falta de concentração e perda auditiva se houver exposição prolongada de até 8 horas diárias", alerta.



“Ao compartilhar os resultados da pesquisa e conscientizar as turmas do ensino fundamental, os alunos buscaram despertar a importância de um ambiente de aprendizagem mais silencioso e propício ao ensino e à concentração”, ressalta o professor do laboratório maker, Daniel de Moura.