Feira Literária desperta criatividade em CEI

Despertar o hábito da leitura, o desenvolvimento oral e da escrita e a criatividade da criança. Esse é o objetivo da Feira Literária iniciada pelo Centro de Educação Infantil Aquarela na terça-feira, dia 23. Os trabalhos foram preparados pelos pequenos alunos de um a seis anos. Em sala de aula, as professoras apresentaram diversas histórias e trabalharam a criatividade das crianças fazendo com que elas representassem cada conto de alguma maneira. Umas montaram quebra-cabeça, outras pintaram e desenharam, algumas brincaram de fantoche e os menores participaram aprendendo músicas e conhecendo de perto alguns animais.

“O que nós queremos mostrar é que a criança não precisa saber ler para estar próxima da literatura. E ter contato com os livros é importante para o próprio desenvolvimento. Em uma linguagem artística, nós trabalhamos o corpo, a coordenação motora, aguçamos a criatividade. Porque isso é muito importante. Conhecendo as histórias, as crianças passam a entrar no mundo da imaginação, da fantasia, e podem recriar tudo aquilo que aprendem”, explica a coordenadora pedagógica Albertina Grunow.

Para os aluninhos do berçário, as atividades foram realizadas de forma mais lúdica. A professora Karini Novak explica que a intenção é justamente auxiliar no aprendizado delas. “Nós procuramos envolver a musicalidade, o contato social. Claro que muitas não conseguem ainda assimilar direito os cantos. Mas nós explicamos, por exemplo, qual o barulho que a vaca, o gato e o cachorro fazem, Até trouxemos alguns animais para próximo deles para que eles pudessem conhecer e a atividade se tornasse mais real. Eles adoram”, ressalta.

Já para as crianças do maternal, de dois a três anos, teve a contação de história. “Nós trouxemos a dona Iede Cardoso, que é uma escritora aqui de Içara, e contamos a história do bicho papão. Porque nessa fase muitas crianças tem medo do bicho e a dona Iede explicou que ele é amiguinho, desmistificou essa história de ele só representar medo para as crianças. Foi muito interessante porque eles se envolveram bastante”, coloca Albertina.

O trabalho com os fantoches visou a percepção visual, auditiva e tátil, a sequência de fatos, a coordenação de movimentos, a expressão gestual, oral e plástica, a criativadade, a imaginação, a memória, a socialização e o vocabulário. “Os bonecos confeccionados pelos alunos são mais adequados para o aprendizado do que os que os comprados prontos, pois quando eles mesmos criam os fantoches, passam a gostar mais deles unindo neste momento, três aspectos da educação: a expressão oral, a plástica e as emoções vivenciadas anteriormente”, assinala a professora do pré, Andréia Carlos Borges.

“Eles contaram para nós a historinha do joelho e dos 10 amiguinhos. Pintamos o nosso joelho e foi muito legal. Eu aprendi que a gente não pode brigar com os nossos coleguinhas, não podemos bater e nada disso. Temos sempre que respeitar e ajudar”, essa é a declaração do pequeno Nathan Batista Casagrande, de apenas seis anos, e que esteve totalmente envolvimento no processo de montagem da feira.

Segundo a professora Marinete Fachin Salvador, os valores também foram abordados em sala de aula. “Para o preparo da Feira Literária, nós trabalhamos diversas histórias em sala de aula. Uma delas foi a da Turma da Mônica, que tem toda a questão da Mônica bater com o coelho no Cebolinha e tudo mais. Então abordamos os valores, a amizade e o respeito. Ressaltamos a importância de cada um, até porque, eles estão na fase onde absorvem tudo e precisam desses ensinamentos para o futuro”, sintetiza.

Outra que está adorando participar da Feira, é a pequena Emanuelly Magagnim Zabot Francisco, de apenas cinco anos. “Nós aprendemos a contar histórias com fantoche e eu adorei, achei muito divertido”, afirma. A Feira Literária do CEI Aquarela é aberta ao público e todos estão convidados a participar. A abertura oficial foi nesta terça-feira e os trabalhos ficarão expostos até a próxima sexta. “Enviamos convite aos pais e convidamos toda a população para vir conhecer um pouco mais dos trabalhos da criança. Está muito interessante e elas adoram essa interação”, convida e finaliza a coordenadora pedagógica.