Lucas Lemos [Canal Içara]
Cotidiano | 21/02/2017 | 08:00
Fosfoetanolamina vira suplemento alimentar
Especial do Jornal Gazeta
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A fosfoetanolamina sintética - popularmente conhecida como pílula do câncer - será livremente comercializada no Brasil. Até então, somente com medida judicial ou de forma clandestina era possível que pacientes fizessem uso da substância. Entretanto, para que o comércio seja realizado, foi necessária a categorização como suplemento alimentar.
“Um produto como medicação tem que ter todo um processo especial inspecionado pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e foi esse um dos motivos pelo qual se passou tanto tempo sem conseguir a liberação. É uma série de fatores que prejudicam o debate de algo que faz tão bem à vida”, explica o médico obstetra e um dos defensores da pílula, Lauro Nogueira.
“O suplemento é algo que é ingerido pela pessoa para ajudar no organismo, assim como hoje existem a vitamina B, a vitamina C, entre tantos outros que você encontra em todo canto. Há menos regras para os suplementos”, detalha o médico. “A fosfo é uma esperança dessas pessoas de conseguirem superar o câncer tendo qualidade de vida”, comenta.
“O câncer é disparado a doença mais temida e que mais mata. No ponto de vista pessoal, posso afirmar que a fosfo faz efeito positivo”, coloca o advogado Walterney Réus, que teve a irmã como usuária. “A nossa expectativa era que fosse fabricado no Brasil. Mas não, vai ser fora. E com isso pode continuar sendo um produto caro, então a gente acaba não vendo uma solução concreta quanto a isso”, opina Tatiane Botelho, moradora do bairro Pedreiras e esposa de um usuário.