Jornal Gazeta
Cotidiano | 17/05/2017 | 08:00
Garis são reconhecidos pelo trabalho em ação de alunos na praça
Especial do Jornal Gazeta
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Manter uma cidade limpa é uma grande necessidade e uma das responsabilidades de garis e margaridas, profissionais que nem sempre são lembrados e muitas vezes até passam despercebidos. Mas na manhã de terça-feira, dez pessoas que atuam na limpeza pública de Içara foram homenageadas em ato realizado na Praça São Donato em celebração ao Dia do Gari [16 de maio].
“Pensava que iria ser apenas uma reunião, algo assim. Fiquei bastante emocionada com o que fizeram para a gente. É sempre bom ser lembrada. E pelo segundo ano seguido tivemos uma homenagem”, comenta Maria das Dores de Sousa. Lotada no serviço público de Içara há 18 anos como margarida, ela recorda que no último ano já houve um dia de beleza seguido por sessão fotográfica e posteriormente uma exposição artística.
“Tornou ainda mais especial para a gente”, afirma Zulma Pereira há 17 anos como margarida. A homenagem coube a estudantes do terceiro ano da escola Lúcia de Lucca, do bairro Jardim Silvana. Além da participação dos alunos e do corpo docente da escola, houve a colaboração da Secretaria Municipal de Educação e do Departamento Municipal de Obras para reunir os trabalhadores que realizam este serviço.
A solenidade foi dividida em quatro partes. Iniciou com a explanação da história do trabalho dos garis. Depois, houve a declamação de um poema escrito pelos próprios estudantes. A terceira parte teve a interpretação da versão em português da música “Heal the world (O mundo melhor)” de Michael Jackson. E na última parte ocorreu a entrega de livros e de flores aos homenageados.
“Todo o projeto foi desenvolvido em sala de aula com o intuito de despertar a consciência de que um mundo melhor depende de cada ação individual que fazemos”, observa a professora do terceiro ano, Cristiane Casagrande. “Também temos um projeto de reciclagem há dois anos, sendo que uma vez por mês os alunos trazem os materiais para a escola, onde são separados e vendidos e o dinheiro arrecadado é investido na escola”, informa a coordenadora pedagógica Priscila Fernandes.