Cotidiano | 20/09/2017 | 12:10
Humanização também de cesáreas reforça afeto materno-infantil
Redação | com a colaboração de Lucas Lemos, da Inoova Comunicação
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Dilatação, posição do bebê e diversos outros fatores devem ser avaliados pelo profissional médico para a realização do parto. Franciele Laureano Alves teve o primeiro filho em cesárea. Mas esperava que Miguel nascesse sem interferência cirúrgica. Como não foi possível, garantiu um parto tranquilo e humanizado no Hospital São Donato de Içara ao lado do esposo Wagner e da doula Francielle Cardozo.
O parto foi realizado pelo obstetra Flávio Giugno com o acompanhamento do pediatra Lauro Filho às 18h36 do último dia 18. Além do contato imediato com a mãe, o cordão umbilical foi clampeado após o término da pulsação, conforme a Organização Mundial da Saúde preconiza, para o recebimento do sangue da placenta por no mínimo três minutos. “Isso reduz 61% da taxa de anemia neonatal além de outros benefícios”, elenca a enfermeira obstetra, Josiane Leandro.
O contato pele a pele ao nascer é considerado um poderoso estimulante dos sentidos por meio do toque, odor e temperatura e deve ser estabelecido logo após o nascimento de forma contínua e prolongada, pois é nos momentos iniciais que se estabelece a ligação afetiva. “A primeira hora do bebê – chamada de hora de ouro – deixa importantes e profundos registros emocionais que serão carregados por toda a vida”, completa a enfermeira.
“O nascimento de um filho é certamente uma das etapas mais especiais na vida da pessoa. É o momento que toda a família direciona seus esforços para que tudo ocorra bem, por isso deve ser um momento respeitoso e seguro. Um nascimento humanizado é aquele em que as decisões são baseadas em evidências científicas, a mulher é informada e respeitada, colocando a autonomia da mulher, a segurança da mãe e do bebê em primeiro lugar”, pontua.