Cotidiano | 07/10/2006 | 16:04
Iphan vistoria Casa de Turma
Prefeitura de Içara
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Técnicos do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) estiveram na manhã desta quarta-feira em Içara, onde acompanharam engenheiros e arquitetos da prefeitura para uma vistoria à Casa de Turma que será restaurada.
O Iphan dará cooperação técnica ao projeto de restauração da casa. Os técnicos do instituto foram chamados pelo presidente da Fundação do Meio Ambiente de Içara (Fundai) e coordenador do Plano Diretor, Ricardo Lino.
“Precisamos do parecer do Iphan para saber quais são as regras para uma restauração de patrimônio histórico. O que pode e não pode ser feito”, explica Lino.
A arquiteta Ana Paula Citadin, chefe do escritório técnico do Iphan em Laguna, informou que o parecer deve ser encaminhado à prefeitura em uma semana. Além dela, outros arquitetos e um engenheiro civil estiveram na Casa de Turma vistoriando estrutura e elementos arquitetônicos. “Nós vamos orientar os técnicos da prefeitura para fazer o projeto”, contou Ana Paula.
Segundo ela, não faz sentido reconstruir as casas de Turma que existiam em Içara. “Não há porque reconstruir. Isto seria criar um falso histórico”, explica a técnica do Iphan.
A Casa de Turma foi construída por volta de 1917, na mesma época da estrada de ferro Dona Tereza Cristina. O reboco, na época, era feito à base de cal. “Hoje parte da casa foi mexida, com mudanças em suas características originais. Temos que rever o que é possível restaurar. Se trouxermos a cor original, por exemplo, precisamos trazer a técnica original também”, conta Ana Paula.
A Fundai fará o paisagismo ao redor da casa, que deverá receber também novos inquilinos, após restaurada. A coordenadora de Cultura da Casa da Cultura Pe. Bernardo Junkes, Silésia Pizzetti Augustinho, que estava na vistoria desta quarta-feira, disse que se estuda a possibilidade do Conservatório Municipal de Música ser instalado no local.
“Precisamos desta restauração o mais rápido possível, pois o prédio está sendo alvo de vândalos, que já quebraram portas e janelas”, conta Silésia.