Lei proibirá receitas manuscritas

Os problemas com a leitura de receitas médicas chegaram ao Legislativo içarense junto com uma solução. Pelo projeto do vereador Marzinho do Pereira (PP), a prescrição de medicamentos deverá ser digitada ou datilografada. A exigência compreende médicos e odontólogos atuantes em todo o município.

Para a proprietária da farmácia Laudo Calegari, Alvani Terezinha Luiz, no Centro de Içara, a mudança beneficiaria principalmente os profissionais mais jovens. "No começo, temos mais dificuldades em entender as receitas", explica ela, que já tem 20 anos de balcão. A mesma opinião é repetida pela farmacêutica Caroline Darolt. "Tenho dificuldade em ler uma a cada 30 prescrições recebidas", calcula a jovem que atua há três anos no ramo.

Pela nova lei, a receita deverá ter o nome, endereço e o telefone do local em que foi expedida. A identificação do paciente também precisará estar no documento. Além disso, o projeto do Legislativo 006/09 também cita a necessidade de indicar a forma de uso do medicamento, dosagem, período do tratamento e quantidade de caixas. O descumprimento será revertido em multa superior a R$ 500.

Se a proposta for seguida sem alterações, o esclarecimento da população será feito através de cartazes espalhados pelas Unidades Básicas de Saúde. A primeira votação do projeto será na próxima segunda-feira, dia 16. Se entrar em vigor, os profissionais da área terão 120 dias para se adequarem.

LEI JÁ OBRIGAVA RECEITAS LEGÍVEIS

Com as novas regras para a digitação das receitas, a Lei 1305/97, deixará de vigorar em Içara. Ela determinava que a prescrição de medicamentos precisava ser feita de forma legível. O descumprimento também reverteria em multa. Mas, isto nunca funcionou.